A imagem do final dos anos de 1960 mostra o Antigo Centro de Abastecimento Municipal, o Mercado Público de Blumenau, na Rua 7 de Setembro. (Imagem: arquivo de Arno Evandro Gielow e Adalberto Day)
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Publicado no Jornal de Santa Catarina dia 26/08/2011 | N° 12346
ALMANAQUE DO VALE | Jackson Fachini
jackson.fachini@santa.com.br
Antigo "Centro de abastecimento municipal", da cidade de Blumenau-SC.
À esquerda, Chevrolet 1951 e Gordini; Rural Willys, Studebaker Commander 1950, Ford Custom 1951 (carro de aluguel); um Gordini dourado, que me sugere ser o raro modelo "1093"; Kombi e Fusca.
O antigo MERCADO PÚBLICO de Blumenau, com o nome de CENTRO DE ABASTECIMENTO MUNICIPAL conforme consta da foto.
Situava-se defronte ao Hotel Rex, e tomava o espaço desde a Rua Floriano Peixoto até a Rua Ângelo Dias.
Em 1965 lá se estabeleceu a empresa BLUSA COMÉRCIO DE EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO BLUMENAU SA, que era concessionária da Volkswagen ( a BLUSA) , quando ainda não havia a grande parede erigida rente à calçada.. Após a concessionária transferir-se para a Rua Itajaí, o local foi novamente utilizado para conter BOXES comerciais´, quando, então edificaram o paredão em que está escrito CENTRO DE ABASTECIMENTO MUNICIPAL.
Nos anos 1946 o local era utilizado pela Auto Viação Catarinense, da qual era sócio o Sr. Adolfo Hass, empresa que anos após, no início da década de 1950, incorporou a Auto Viação Brusquense do Sr. Nilo Bianchini .
Observando o foto e os dizeres, nos vem a lembrança de que Blumenau carece de um MERCADO PÚBLICO, uma falta que muito nos entristece por requerer sempre urgente instalação, como soe acontecer com todas as cidades que honram seus cidadãos com a pública disponibilização de artigos de primeira necessidade. Lamentável não possuirmos tal utilidade e comodidade.
Foto da segunda metade dos anos sessenta, enviada pelo Arno Evandro Gielow.
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Adendos:
A necessidade de Blumenau ter um mercado público é mais uma situação de atenção para com as nossas tradições por parte dos governantes. Essa feira que existe próximo a Rua Alberto Stein com Humberto de Campos já é um local muito bem frequentado. Lá você encontra produtos de qualidade principalmente de produtores regionais e com boa procedência. Um mercado público teria a ampliação dos serviços oferecidos como frutos do mar e mesmo açougues mais especializados. Na área de lacticínios a nossa tradição tem produtos de excelente qualidade e que deveríamos ter no mercado com mais variedades. Num mercado se teria a certeza da procedencia e os setores ligados a agricultura da região poderia melhor viabilizar economicamente seus projetos. A falta de comercialização ou a dificuldade de distribuição desmotiva os remanescentes colonos que insistem em produzir produtos que enaltecem a nossa tradição. Perdemos a nossa identidade quando não oferecemos condições de sobrevivência aos que produzem este tipo de produto nesta região do Vale. Se não tivermos um mercado público de acordo certamente e novamente outra cidade vizinha vai saber explorar esta oportunidade e Blumenau passar a frequentar aquele mercado também. Outra característica é a eliminação de produtos cuja procedência é duvidosa e até sem característica de um mercado público.
Jose Geraldo Reis Pfau/Publicitário em Blumenau
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Resposta do Sr. Nelson ao adendo de José Geraldo Reis Pfau
Quanto aos produtos de boa qualidade, produzidos de modo artesanal, devo acrescentar que a praça ou local de vendas, é muito importante. Mas não é por esta razão que os mesmos desapareceram do mercado. Eu escrevi um pequeno livreto “ Sabores da Colônia” onde consta a historia de 33 empreendimentos deste tipo, a maioria já fechada. Se se dispuser a ler o mesmo, verá que nenhuma delas fechou por falta de ponto de vendas. As razões são bem mais complexas, mesmo porque todas as barracas da atual Feira da Humberto de Campos, pertencem a comerciantes que revendem produtos produzidos por terceiros. Nenhum deles é produtor.
As pequenas industrias artesanais, quase em sua maioria, fecharam em face de novas exigências das autoridades sanitárias, cuja essência não cabe aqui discutir, as quais para serem satisfeitas, exigiam investimentos que o pequeno negocio não suporta. Também o desenvolvimento e a reestruturação da área rural não mais contribuem para este tipo de indústria. Certamente devem existir outras modalidades de fomento a tais industrias familiares.
Com meus cumprimentos
Nelson V. Pamplona
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Daniela Mayerle
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Rolf (agrônomo) e eu amamos a Feira Livre que fica na Humberto de Campos com a Alberto Stein. Levantamos sábado cedinho e rumamos para a Feira sem Agrotóxicos para comprar ovos de galinhas felizes que ainda dormem com o galo, mais galinha, marreco, peru, que vêm da Vila Itoupava e não são tratadas com ração, as maravilhosas geleias de tangerina e morango feitas pelas Omas de Atalanta, juntamente com a banha de porco branquinha e firme, manteiga, ricota, também o pão de milho com cará e batata-doce, compota de pêssego crioulo, que vêm de lá. Tem a banca que traz noz peça descascada (safra começa em maio, época de encher uma prateleira do freezer – ômega 3) Isto para não falar nas variadas e lindas alfaces da banca de Wilson/Adelaide (logo começará a época do morango, depois vem a época do figo) – tudo sem agrotóxicos. Conhecemos os agricultores pessoalmente. Não queremos viver sem aquelas laranjas e tangerinas da nossa terra, repolho-coração de boi, brócolis, cenouras e dezenas de outras delícias.
Mas, há uma série de produtos dos quais necessitamos que só tem nas Feiras Livres de 2ª. e 5ª. feira. Então lá vamos nós novamente, uma vez por semana, logo após a sesta, comprar cereais, chás, suco de uva (muito bom!), Kochkäse, bacon, frios em geral, charque para o feijão, salsicha de Pomerode, aipim descascado (ótimo), banana, tomate cereja – conhecemos bem as poucas e boas bancas que plantam sem agrotoxicos!!!
Dona Renate sobre o assunto
Caros amigos/as interessados no assunto Feira Livre x Mercado Municipal.Rolf (agrônomo) e eu amamos a Feira Livre que fica na Humberto de Campos com a Alberto Stein. Levantamos sábado cedinho e rumamos para a Feira sem Agrotóxicos para comprar ovos de galinhas felizes que ainda dormem com o galo, mais galinha, marreco, peru, que vêm da Vila Itoupava e não são tratadas com ração, as maravilhosas geleias de tangerina e morango feitas pelas Omas de Atalanta, juntamente com a banha de porco branquinha e firme, manteiga, ricota, também o pão de milho com cará e batata-doce, compota de pêssego crioulo, que vêm de lá. Tem a banca que traz noz peça descascada (safra começa em maio, época de encher uma prateleira do freezer – ômega 3) Isto para não falar nas variadas e lindas alfaces da banca de Wilson/Adelaide (logo começará a época do morango, depois vem a época do figo) – tudo sem agrotóxicos. Conhecemos os agricultores pessoalmente. Não queremos viver sem aquelas laranjas e tangerinas da nossa terra, repolho-coração de boi, brócolis, cenouras e dezenas de outras delícias.
Mas, há uma série de produtos dos quais necessitamos que só tem nas Feiras Livres de 2ª. e 5ª. feira. Então lá vamos nós novamente, uma vez por semana, logo após a sesta, comprar cereais, chás, suco de uva (muito bom!), Kochkäse, bacon, frios em geral, charque para o feijão, salsicha de Pomerode, aipim descascado (ótimo), banana, tomate cereja – conhecemos bem as poucas e boas bancas que plantam sem agrotoxicos!!!
Nós somos idosos, temos tempo, mas moramos do outro lado da cidade, fazer feira é nosso luxo, luxo cansativo. Talvez um mercado municipal fosse uma boa.
Confessamos que temos receio de perder o contato com os nossos amigos agricultores feirantes.
Mas o Sr.Nelson Pamplona não deixa de ter razão em algumas de suas ponderações.
O que muito me admira é não encontrar esposas de médicos e donas de casa da ala vip nas feiras livres. Nós vamos lá comprar saúde. Há cerca de seis anos não entra margarina na nossa casa e só refogamos e tostamos (a polenta) com um pouco de banha de porco (uma delícia) e usamos manteiga, tudo em quantidade medida, claro, e no pão integral (feito em casa) só azeite de oliva, esporadicamente uma manteiga fininha, que ninguém é de ferro. Ricota amassamos com iogurte – esqueça a nata. Aqui em casa um ovo por dia (contando o que vái no pudim, etc) não mexe com o colesterol. Hoje há uma nova tabela para taxar o colesterol.
Senhor Deus, abençoe nossas feiras livres, mas faça acontecer também um mercado municipal. Blumenau precisa de ambos. Agradecemos-te por podermos viver numa terra onde dá desde banana a figo, de nozes a abacate, de tangerina a maçã. Ainda de lambuja os plantadores de São Paulo e mais pro norte nos mandam manga, abacaxi e tudo o mais, os gaúchos nos mandam suco de uva e vinho. Deus seja louvado pela fartura do nosso Brasil.
Renate S. Odebrecht
Sugestão da matéria e colaboração Allan Jurk/Niels Deeke/José Geraldo Reis Pfau.
Arquivo Arno Evandro Gielow e Adalberto Day
Lembro-me perfeitamente deste local,comia-se a melhor feijoada de então.Depois virou agencia da VW lembras?
ResponderExcluirAdalberto que bom nos estarmos novamente juntos com nosso tunel do tempo. este é um espaço que a muito esta nos fazendo falta,mercado Publico de Blumenau veja o destaque do nome, sabes todas as cidades vizinhas de Blumenau, quando se fala em calçadão, rua 24 Horas e mercado Publico, e banheiros distribuidos em praças Publicas,rodoviaria com com sala de espera digna a seus municipes,ja tem so nos em Blumenau estamos nos umilhando sempre a pedir pena que nossa força maior que éra o grande Horacio Prau, que infelismente morreu pedindo ser ser atendido que tal fazer o mercado e muito merecidamente por o nome dele? Adalberto sabes todos falam da feijoada do mercado publico mas talves pos vergonha não falam da beleza da garçonete que servia a mesma, e la tinha tambem uma figurinha carimbada no açouge do Pila que era o nosso amigo Gato assim todos conheciam, muito bem continuamos esperando sera que vamos ter que interronper o transsito da dua sete para o nosso prefeito nos atender? {brincadeirinha né} abraços Valdir Salvador.
ResponderExcluirBoa tarde Adalberto
ResponderExcluirlegal trazer estes fatos do passado. Sabe que em 1964 eu iniciei o primário na Barão do Rio Branco, mas confesso que não lembro mais deste Mercado Público.
Realmente a feira municipal em frente à Blusa é muito pouco para Blumenau, que de fato merece um Mercado Público de mais variedades.
abraço
Recordo-me desse local. Mas além desse havia um anterior que se situava na rua 7 de Setembro nas imediações do novo Shopping e via-se o mesmo também pela rua do teatro Carlos Gomes.A 7de Setembro nem era asfaltada, havia muita lama em dias de chuva.
ResponderExcluirMais uma vez, reforço a necessidade de termos nosso mercado público, vendendo produtos saudáveis e direto do produtor.
ResponderExcluirTenham certeza que lutarei para que isto aconteça.
Abraços
Lembro bem deste local, eu fazia muitas compras com minha mãe, Ingrid. Mas é muito importante que ao pensarmos num novo mercado para Blumenau não nos esqueçamos dos produtores locais, que lutam muito para se manter "vivos"!
ResponderExcluirOs mercados têm algo de atávico, simples e ao mesmo tempo fascinante.
ResponderExcluirO que será que os mercados públicos têm e sabem esconder tão bem?
Abraço e boa semana.
Antunes Severo
Lembro-me deste local. Fui la algumas veses, mas não me lembro do ano que parou de funcionar
ResponderExcluirQuantas vezes fui lá na banca da Dona Olga, ou na do seu Renê Garcia! Ele resistiu até os anos 80 - lembro de uma enchente (80? 81?), quando morava lá bem perto, e todas as verduras foram levadas pela enchente e passavam boiando diante da minha casa. Uma peculiaridade: é que lá havia um barzinho onde se podia ir com alguns amigos e pedir um refrigerante litro, e dividi-lo em diversos copos! Grandes tempos, aqueles!
ResponderExcluirUrda Alice Klueger
Oi amigo Beto.. Boa esta tambem e nosso antigo mercado. Realmente, Blumenau carece de um estabelecimento nessa area. Ao menos a maioria das cidades o possuem e não ha motivo para o poder publico não se interessar pelo asunto. Obrigado por mais uma paginazinha da nossa historia. Abrs.
ResponderExcluirE.A. Santos
Adalberto,
ResponderExcluirPelas manifestações, é incontestável a necessidade de Blumenau ter (novamente) o seu mercado público.
Abraços,
Paulo
Belo resgate desse espaço Sr. Adalberto.
ResponderExcluirMercados públicos, tem sua importância pelos produtos frescos e estímulo à produção artesanal, mas também pela integração da própria população.
Com seus quase 300 mil habitantes, hoje isso já fica mais difícil em Blumenau. Nosso perfil de cidade mudou muito e fatores como mobilidade, tempo e segurança definiram outras regras para a existência de espaços como esses.
Resta saber, se sobreviveria aos novos tempos de forma sustentável.
Meu caro Adalberto,
ResponderExcluirRealmente no Centro de Abastecimento saboreava-se uma feijoada fantástica. Lembro tb do Mercado Municipal da rua Nereu Ramos era pequeno mas tinha de tudo. O Mercado Municipal realmente é importante para todas as cidades. Em Curitiba ele é muito bom, localizado defronte a Estação Rodoferroviária e onde se encontra coisas do tempo da vovó. Aquí em São Paulo o Mercado Municipal é extraordinário (acho que o melhor da da América do Sul e talvea do mundo), não só por se encontrar de tudo (frutas, verduras, legumes, passando pelos queijos, vinhos, carnes, peixes, laticínios) e pelos excelentes restaurantes. As frutas mais exóticas que existem na face da terra podem ser encontradas por lá. E tb lá se saboreia o melhor sanduíche de mortadela do planeta terra. Quem vem a São Paulo (propaganda gratúita), não pode deixar de passar pelo Mercado Municipal. O prédio onde se localiza remonta o início do Século XIX. Os blumenauenses que vem para fazer compras na Rua 25 de Março devem dar uma passada por lá pois é junto a essa famosa rua de compras que ele se localiza.
Edemar Annuseck
São Paulo - SP
Sou frequentador da atual feira, e o senhor Nelson está redondamente equivocado quando afirma em seu comentário que todos os produtos la comercializados são adquiridos de terceiros. Tem muito feirante que ainda é produtor rural na região de Blumenau, basta pesquisar. Tem a banca da Maria, ela e seu marido acordam 3:oo horas da manhã para fazer o melhor pão caseiro de Blumenau para ser comercializado na feira. Abraço a todos.
ResponderExcluirPois é é volto a falar porque ainda estamos a esperar pelo Mercado Publico do nosso Rei Horacio Praun????????????,Resumindo não sei de portugues e gosto e comentar onde esta nosso Grande Mercado de produto Organdico com Letras Grandes Horacio Braun ( Tremo so de falar) abraços Valdir
ResponderExcluirPois é é volto a falar porque ainda estamos a esperar pelo Mercado Publico do nosso Rei Horacio Praun????????????,Resumindo não sei de portugues e gosto e comentar onde esta nosso Grande Mercado de produto Organdico com Letras Grandes Horacio Braun ( Tremo so de falar) abraços Valdir
ResponderExcluirAlmir Cipriani
ResponderExcluirEstava todas as semana entregando maçãs com meu pai, vendíamos nos Boxes da Dna Olga, Roque e Martendal, adorei a foto
Muito, muito importante uma cidade ter um mercado municipal na região central que atenda toda população e não some te em bairros isolados. Ainda em tempos de alimentação saudável poderíamos ter acesso a produtos orgânicos cultivados pelos próprios colonos da área rural.
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