Mais uma
participação exclusiva e especial do renomado escritor, jornalista e colunista,
Carlos Braga Mueller, que hoje
nos relata sobre Antonio Henrique Pera "Tangará" que fez sucesso no
rádio em Blumenau. Irmão do não menos famoso José Henrique Pera - técnico mais famoso do futebol de Blumenau nas décadas
entre os anos 1940 até 1960, dos clubes Amazonas, Olímpico e Palmeiras. Ambos
José e Antonio, irmão do Manoel Pera "Maneca" também treinador do
Olímpico.
________________________________Antônio Henrique Pera, Nascido em no dia 12 de junho/1913 e falecido em 1985.
O Tangará é uma grata recordação na minha vida do Rádio nos
anos 50.
Ele e suas filhas Marina e Silvia formavam o trio
"Tangará e as Irmãs Pera".
HISTÓRIAS QUE O RÁDIO CONTA:
TANGARÁ E AS IRMÃS PERA
PRC4 - Rádio Clube anos 60
Nos anos 50 do Século
passado, o rádio era o mais formidável meio de comunicação no Brasil.
As emissoras de ondas curtas
alcançavam todo o território brasileiro e apresentavam noticiários,
rádionovelas, programas de auditório ao vivo com cantores de sucesso. E
foi assim que as rádios das cidades do interior começaram, também, a
fazer programações idênticas.
A PRC-4 Rádio Clube de
Blumenau montou um elenco de radio novelas. reforçou a programação
esportiva, implantou um noticiário que ficou na história, "O Repórter
Catarinense", e lançou uma programação de auditório.
Como o espaço do auditório
da PRC-4 naqueles anos era pequeno, tinha apenas 80 poltronas e um palco
apertado, o jeito foi realizar o programa em locais maiores.
Como o Cine Busch ficava a
apenas uma quadra dos estúdios da PRC-4, foi estendida uma linha direta
até lá e aos domingos pela manhã acontecia o programa "Big Show
Dominical".
Auditório da PRC4 Rádio Clube
Ali, o público
divertia-se aplaudindo os artistas locais: Daura Maria, Dalmo Juarez, Vitório
Pfiffer, Salomão Eichner, Tangará e as Irmãs Pera eram apenas alguns dos
astros que brilhavam nas manhãs de domingo.
Tangará, nome artístico de
Antônio Henrique Pera, formava um trio sertanejo com suas duas filhas,
Marina e Silvia: Tangará e as Irmãs Pera !
Como o número de seus
apreciadores era grande, a PRC-4 abriu espaço para que o Trio se apresentasse
todos os dias em um programa exclusivo.
Foi assim que por volta de
1956 entrou no ar o programa "Manhã Sertaneja", que era apresentado
pelo radialista Antônio Pera.
Ele se incumbia de ler os
textos da propaganda e cantava ao vivo com suas filhas.
- Na foto, Tangará no centro ao
lado de Louro e Lourinho uma dupla sertaneja da época no Studio da antiga PRC4
Rádio Clube de Blumenau.
O programa ia ao ar das 6 da
manhã até às 7 horas, de segundas às sextas-feiras.
Tempos depois, quando foi
fundada a Rádio Clube de Indaial, isto por volta de 1959, o trio começou um
programa também naquela emissora.
Era uma tarefa de Hércules
para aqueles tempos; O programa terminava às 7 horas em Blumenau. E já às
8 horas Tangará e as filhas estavam em Indaial, ao vivo, para mais uma hora no
ar.
É que na época o trajeto
entre Blumenau e Indaial levava uma hora, pela estrada velha, que passava por
Salto Weissbach e Warnow.
Tangará havia comprado um
"Ford bigode 1928", com aquelas capotas antigas, e era nessa condução
que ele enfrentava todo dia a estrada de barro, para fazer os
programas na rádio de Indaial.
Muitas vezes, como locutor
da PRC-4, eu tive oportunidade de acompanhar o Tangará e as Irmãs Pera em
shows que eles faziam pelo interior.
Me lembro de que uma vez, à
noite, fomos a um parque de diversões no Garcia. Naqueles tempos os parques tinham
um pequeno palco onde eram apresentados esquetes cômicos e cantores,
principalmente duplas sertanejas.
De outra feita o show
foi no Cine Mogk de Gaspar.
No decorrer dos anos 60 o
trio foi desfeito, acho que Marina e Silvia casaram e abandonaram a vida
artística. Tangará já deve ter morrido há tempo.
- Foto: Tangará com seu Ford A conversível m dos 1º carros em
Blumenau
: Festa Junina no Amazonas ano 1969. Da esquerda para a direita:
Rogério, Ludgero, Maneca e Tangará. Ou se preferir, Sereno & Madrugada e
Manezinho & Tangará.
Tangará e Zone Cassiano, que . foi um dos
pioneiros na comunicação (propaganda) com serviço de auto falante - inclusive veículos do
serviço de auto falante -
Antônio Pera era um ilustre
garciense. Por isto, se alguém do bairro do Garcia puder complementar esta
história bonita do rádio blumenauense, que foi vivenciada graças ao Tangará e
as Irmãs Pera, ou que saiba de mais algum fato da vida dos componentes deste
trio, deixo a sugestão: mandem estas informações para o blog do Beto Day,
para que se possa resgatar valores culturais do nosso município.
Texto: Carlos Braga Mueller/arquivo de Carlos Braga Mueller/John Pereira
(foto do Braga) Arquivo de
Amarildo Pera/Adalberto Day
Adalberto, parabéns por mais um belo relato do Carlos Braga Mueller.
ResponderExcluirEra exatamente assim como ele descreveu. Recordo-me da elegância (traje social completo) do cantor romantico Victório Phiffer quando aos domingos pela manhã ele pegava o ônibus do Garcia e ia para a cidade cantar na Rádio Clube, era no mesmo horário que nós iámos a pé para a Escola Dominical da "Schwester Martha". O Victório Phiffer era conferente na coopeativa da EIG.
A foto onde aparecem dois Ford A foi tirada na frente da casa/açougue do "Capitão".
Na parte em alvenaria era o açougue e o sobrado em madeira era a residência do mesmo.
Ao lado do açougue tinha um terreno baldio onde era o ponto final da linha de ônibus do Garcia e logo ao lado era o armazém do Sr. Malheiros. Do lado oposto era a esquina da rua Belo Horizonte, onde ficava o armazém/loja/sorveteria/bar do Phiffer.
Sobre a família Pera eu sei que a filha mais velha do Sr. José Pera, a Irone, reside no inicio da rodovia que acessa ao parque Beto Carreiro.
Ela ou seus filhos, que residem em Bluemanu, devem saber muito mais do Tangara e da irmãs Pera, que, conforme relata o Mueller, eram muito famosas em várias cidades da região.
O traje artístico do Tangara era sempre aquele que aparece na foto.
A música que eles cantavam era a "caipira" mesmo, que não tem nada a ver com o chamado "sertanejo" de hoje.
Abração para voce e parabéns para o Carlos Braga Mueller por relembrar e registrar mais um belo momento de nossa cultura regional.
Valter Hiebert
Olá amigo.
ResponderExcluirBom dia
Fiquei contente em ver sua reportagem sobre o Tanga, meu pai. Vou levantar mais dados para ajudar a completar esta matéria. Ano de falecimento 1985, mas vou levantar mais dados e lhe envio.
Amarildo Pera
Boa tarde Adalberto
ResponderExcluirQue interessantes estas histórias !
Não conheci a família Pera pessoalmente, mas o meu irmão me disse que lembra de José Henrique Pera que trabalhou na Empresa Industrial Garcia como motorista.
Da matéria do Braga Müller lembro apenas de Vitório Pfiffer (citado na matéria) que trabalhava na Cooperativa da EIG e eu ao buscar as compras para minha mãe, ele fazia a conferência antes da entrega.
Abraço
Eu só conheci o Tangará e as irmãs Pera através do rádio - muito anos mais tarde fui conhecer o seu Taíco Pera, funcionário do BESC, que era da família, e que faleceu prematuramente, marido da minha grande amiga Maria de Lourdes Durieux Pera (sobrinha do Frei Odorico Durieux).Mas as fotos que vi, da rádio por fora e do auditório - ah! como me lembro bem! Era muito pequena, com menos de 4 anos, quando fui lá num domingo de manhã, e vi cantar um moço chamado Dalmo Soarêz. Era tão pequena, mas jamais esqueci! Alguém me dá notícia de Dalmo Soarêz?
ResponderExcluirUrda Alice Klueger
bela matéria do Carlos.
ResponderExcluirestamos publicando chamada.
abraço.
Muito bom mestre Carlos. Adoro estas histórias. O post anterior do Beto, mostrando as frases, os slogans de uma época são hilárias. E criatividade não faltava.
ResponderExcluirAbraços
andremrozkowskiAndré Mrozkowski@
ResponderExcluir@adalbertoday Gostei muito das aventuras do Tangará e seu Ford Bigode,relatadas pelo Carlos Braga Mueller (gincaneiro,a propósito). Bom day!
Ola amigo, que legal , parabens amigo Day, conversei com Marina Pera Minha irmão que ainda é viva e ela ficou de me passar mais informações daquela epoca. .
ResponderExcluirParabéns ao Braga Müller por mais esta valiosa contribuição. Grande abraço aos dois!
ResponderExcluiroi sou nezeli pera a filha mais nova de antonio henrique pera que ja é falecido...........nossa gostei muito dassa documentario e vou postar algumas fotos que tenho do meu pai antonio henrique pera com marina pera e silvia pera minhas irmas...
ResponderExcluirOla, sou neta do Jose Pera. Nao conheci meu avo. E pouco sei sobre ele. Estou descobrindo muito lendo seus blog. Gostaria muito de pedir, se possivel, que me enviasse fotos dele. Gostaria de conhece-lo melhor.
ResponderExcluirSegue meu email:
julianabattistella@hotmail.com
Francisca Santiago Ah. Beto vc só vc pra fazer a gente voltar ao passado. Me emocionei agora todos amigos dói meu saudoso pai.
ResponderExcluirCatarina Tecla Mistura Obrigada Adalberto, por fazer a gente voltar a um passado de muitas coisas boas e lembrar de pessoas que alegrava muito a gente...
ResponderExcluirIvonete Boos Lembro bem do Maneca, tinham um programa em uma rádio.Meu pai declamava poesias.Tenho guardado o livro de poesias dele.Saudades...
ResponderExcluirJacira Forbici Meu Deus! !!! Como uma imagem faz a gente viajar! !! Saudades imensas do Maneca!!! Lembrei do dia que veio com o Terno de Reis em nossa casa ! Muito obrigada Adalberto , você é um mágico.
ResponderExcluirJorge Fernandes Corsini Obrigado adalberto. Po trazer estas lembrancas....maneca e tangara foram irmaos do saudoso. Jose pera
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ResponderExcluirHenrique Santos Parabéns muito obrigado por reviver e nos lembrar desses momentos felizes do bairro Garcia
ResponderExcluirLudgero Amorim Obrigado meu querido amigo Beto, por postar essa essa foto que guardo com muito carinho, e me faz lembrar de pessoas que eu amava. O Rogério meu irmão, que faleceu a dois anos, o maneca um amigo irmão, que também partiu no começo da década de 80, e o saudoso Tangará, que alegrava as manhãs de domingo com seu programa na rádio clube, muitas vezes íamos cantar no programa. Ótimas lembranças.
ResponderExcluirCélia Casas Seu. Maneca ótimo sanfoneiro...Sereno e Madrugada ..bons tempos
Vanderleia Agostinho Que legal todos amigos do meu pai da empresa garcia e tocavam junto tbm com o falecido seu maneca linda recordação
ResponderExcluirValmor Pinheiro Grandes festas realizadas no estádio do Amazonas saudades.
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ResponderExcluirEsvaldo Vieira Quero corrigir o Jorge Corsini. O Maneca não era irmão do Tangará. Ele era meu cunhado e morreu em fevereiro de 81. Eu morava em São Paulo e naquele mês vim de férias a Blumenau. Cheguei numa terça e na quinta ele morreu. Se não me falha a memória eles tiveram um programa na rádio Alvorada aos domingos de manhã. O Ludgero pode confirmar ou não
Olá. Meu pai é minha mãe cantavam na nessa rádio em Blumenau entre 1959/60. Eram uma dupla e eram conhecidos como CAETANO E ROSEMARY. Meu pai já faleceu, e falava muito no Tangará e as irmãs Pêra. Minha mãe ainda vive aos 76 anos, e gostaria muito de saber se pelo menos uma das irmãs pêra ainda vive. Atualmente moramos em Curitiba.
ResponderExcluirBoa tarde ! Entra em contato comigo. Sou a filha de uma das irmãs pêra 47 99968-3119
ExcluirManeca era irmão do Tangara, mas não o Maneca que cantava com ele
ResponderExcluirManoel Pera o Maneca... meu avo só era o treinador do Olimpico... gostaria de mais informaçoes se tiverem... adoro escutar historias do meu avo!, sou filha da solange
o, dou filha da Solange
escutar historias do meu avo
Monica
ResponderExcluirProfmonicatb@gmail.com