Histórias de nosso Cotidiano
Participação do Jornalista/escritor e colunista o renomado Carlos Braga Mueller. Hoje nos relata sobre o terrível acidente aéreo na cidade de Blumenau em 1957.
Por Carlos Braga Mueller
Desastre Aéreo abala a cidade - 1957.
No dia 24 de outubro de 1957 a comunidade de Blumenau assistiu a uma grave tragédia: um avião do Aero Clube local caiu quase no centro da cidade, matando seus 2 ocupantes.
Alwir Koehler era bancário e piloto. Norberto Serpa, um dos comerciantes mais conhecidos dos blumenauenses, possuía o Bar e Restaurante Avenida, que funcionava no térreo do Hotel Holetz, fazendo frente para a Alameda Rio Branco.
Os dois foram a Montevidéu, Uruguai, participar de uma revoada festiva e na volta, 24 de outubro de 1957, um domingo, ao sobrevoar Blumenau, Alwir resolveu dar um vôo rasante sobre sua casa, que ficava no final da Alameda Rio Branco.
Saudava, assim, a esposa e os filhos que o aguardavam.
Uma manobra infeliz fez com que o aparelho perdesse a estabilidade e despencasse, caindo sobre a mata nos fundos da Maternidade Elsbeth Khoeler, hoje um ancionato, na Rua Pastor Stutzer.
É claro que não só a família de Alwir como os moradores próximos, chocados, viram o avião cair.
Para chegar ao local do acidente foi preciso abrir uma picada pois a mata era densa e ainda virgem. Depois de muito sacrifício lá chegaram os primeiros socorros, mas de nada adiantaram. O avião estava com sua parte dianteira enterrada no solo, pela violência do choque, e os dois haviam morrido na hora.
Na época eu era bastante jovem, trabalhava na PRC-4 Rádio Clube e fui até o local. Aquela cena, do avião espatifado, ficou para sempre na minha lembrança. Também conhecia as duas vítimas: Serpa do Bar Avenida estava sempre no balcão do seu bar. Alwir se não me engano atuava no antigo Banco Inco (Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina).
Esta intimidade dos dois com Blumenau deixou a população bastante traumatizada e durante muito tempo a tragédia esteve presente no dia a dia dos blumenauenses. Esquecer, ninguém esqueceu. Prova disso é que ainda hoje o fato é notícia !
http://www.aeroclubedeblumenau.com.br/art4.phpArquivo John Pereira/Adalberto Day
Bom dia Adalberto
ResponderExcluirEste fato eu desconhecia. E fico triste que isso tenha acontecido.
Mas foi bom publicar esta matéria no teu blog. De uma tragédia a lembrança nunca é agradável, ainda mais com a agravante de duas mortes.
Mesmo com todo avanço tecnológico, parece que não estamos isentos de tragédias no ar, a exemplo do acidente com o avião da Air France.
Abraço
Adalberto.
ResponderExcluirAinda me lembro desse acidente. Na época eu tinha 14 anos e fui lá verificar pessoalmente e vi o avião com o bico enterrado. Este episódio não me sai da memória.
Um forte abraço
Olímpio
Adalberto:
ResponderExcluirPela data, eu tinha 3 anos de idade (que é o que eu imaginava que teria), mas me lembro do acidente. O Serpa era amigo do meu pai, e muito se falou a respeito na minha casa, que se situava à Rua Antônio Zendron. Lembro, inclusive, do cheiro que havia nas mãos da minha mãe, que estava fazendo comida, quando contou o fato para nós.
Há uma professora de História em Blumenau que, quando ensina História de Blumenau para as suas crianças, fá-las pesquisar tal fato em jornais e depois leva as crianças ao cemitério, onde estão enterrado(s) o(s) falecidos daquela ocasião. Ela trabalha na escola da Toca da Onça, e ficou pasma, um dia, quando eu disse que me lembrava do acidente.
Grande abraço,
Urda Alice Klueger
Adalberto me lembro de um acidente de avião,mas não sei se era esse,mas é bom saber que no passado fatos que hoje acontece em todo pais, ja aconteceu em nossa cidade.Nesta data eu tinha 8 anos de idade e me lembro de um avião ter caido no morro,que ficava na rua hermann huscher,não sei se era esse acidente. abraço
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluircom esses detalhes é que se percebe a importância do registro dos acontecimentos.
Parabéns.
Abraço também para o Carlos.
Antunes Severo
Beto
ResponderExcluirUma vez , faz muitos anos eu passei lá no cemitério da Rua São José e alguém comentou e mostrou um túmulo que acho seria de um desses pilotos. Na época pelo que entendi, o aviazinho ali no túmulo teria sido feito com os destroços do avião que caiu.
Seria interessante ver a veracidade do fato para ilustar.
abraços
Fernando
Campinas SP
Olá Adalberto.
ResponderExcluirVOCÊ ACREDITA EM MILAGRES ???
MAS EXISTE... SIM ...
EXISTE????!!!!
CONFIRA!!!!
Veja no
http://vindodospampas.blogspot.com/
O MILAGRE DO CORCEL AMARELO
Caro amigo Adalberto, voce foi felis nesta reportagem , pois realmente marcou muito na vida de Blumenau, principalmente nos amigos da vitima pois eram muitos podes crer,eu na epoca foi o meu primeiro emprego no comercio de Blumenau, pois estava completando meus quatorze anos, e fui servir de auxiliar de garçon,mas se bem me lembro amigo Braga Muiller, Restaurante Avenida famoso na epoca, ficava no porão e não no terreo,como foi dito desculpe se estou errado pois ja se passaram tanto tempo ja faz 53 anos, agora tem que ser um abraço dulo pois sa~pa o amigo Adalberto e o grande Braga Muiller ficam com Deus . Valdir Salvador
ResponderExcluirMuito interessante, Adalberto, este post do Braga Müller. Tragédias, em maior ou menor grau, fazem parte da história da todos os lugares e não poderia ser diferente aqui. O que quer que tenha havido neste caso e que culminou com a queda do avião, serve de alerta para todos nós, pois todos somos, de alguma forma, pilotos das escolhas que fazemos. Grande abraço, Wieland Lickfeld
ResponderExcluirCom certeza essa tragédia enlutou a comunidade blumenauense, principalmente porque naquela época a aviação estava envolvida por uma áurea romântica, e os pilotos eram considerados como verdadeiros heróis.
ResponderExcluirNessa época eu tinha 9 anos e estava jogando futebol num campinho existente no terreno de meu pai, que se situava entre a nossa casa à rua mauricio xavier e o inicio da rua natal, quando eu e meus amigos (O nosso time era o Estrela solitária com a estrela do botafogo na camisa) vimos o teco teco sobrevoando o campinho e indo ate o fim da rua natal ,onde morava o sr. Alwin Koheler, e vimos quando o avião fez a curva para a direita e estolou, não conseguindo ganhar altura e vindo bater no morro. No mesmo momento corremos morro acima e mato adentro em direção ao local da queda , pois viviamos naqueles morros caçando e construindo cabanas e conheciamos bem as picadas. Fomos uns dos primeiros a chegar no local e ver a tragédia. Por muito tempo guardei em casa pedaços da fuselagem do teco teco.
ResponderExcluirBoa tarde, procurando notícias dese desastre, pois segundo meu vizinho, o acidente ocorreu exatamente onde hoje está sendo construído a minha casa, ( atualmente, Rua Chrstina Blumenau,
ResponderExcluir255
Se alguém puder me comprovar, que realmente foi ali, pois construiram um sinalizador exatamente onde estava o poço da casa.
Obrigado pelo post.
Boa tarde!
ResponderExcluirAlguem saberia quantas pessoas faleceram neste acidente áereo e sem tem alguma lista dos falecimentos deste acidente?
Obrigado!
Marilídia Bayer Gomes
ResponderExcluirBlog Adalberto Day Lembro bem desse triste acidente. Minha família era amiga dessa família - Sr Alwir, Dona Nilda e a filha de apenas oito anos - Regina Célia ( Celinha ). Éramos vizinhos. Elas assistiram o acidente, pois estavam acenando prá ele.
Minha mãe e eu acompanhamos toda essa tristeza. Eu tinha 11 anos.
Foi muito difícil esquecer algo que acompanhamos tão de perto.