A ESTÁTUA PEREGRINA DE DR, BLUMENAU
Por Carlos Braga Mueller
BLUMENAU, CIDADE QUE EU AMO
Não é o que você possa estar imaginando: não vamos falar daquela imagem religiosa peregrina, percorrendo as casas do bairro, levando bênçãos e sendo reverenciada pela religiosidade do povo brasileiro.
A nossa imagem hoje é uma estátua, um monumento histórico do município, a que reproduz, em bronze e de corpo inteiro, o fundador Hermann Bruno Otto Blumenau, atualmente situada em frente ao "Mausoléu", ao lado da Fundação Cultural de Blumenau, no nosso Centro Histórico.
Se hoje a estátua está ali, firme e rígida, sempre é bom lembrar que este é o quarto lugar que ela ocupa em logradouros blumenauenses.
Vejamos:
Por volta de 1939, quando era prefeito o historiador José Ferreira da Silva, ela foi encomendada ao escultor Francisco de Andrade, da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, que fez um trabalho primoroso.
ONDE A ESTÁTUA FICOU NOS ÚLTIMOS 70 ANOS
A primeira localização da estátua do Dr. Blumenau foi no começo da Alameda Rio Branco. Desde a inauguração, em 21 de abril de 1940, até 1950, ela permaneceu neste local. Ficava bem no meio da rua, sem causar grandes transtornos pois na época o movimento de veículos na cidade ainda era modesto.
Quando foi formada a Comissão dos Festejos do Centenário de Blumenau, em 1950, houve a idéia de se mudar a estátua para um local mais apropriado, tirá-la do meio da rua.
Havia sido reformado, e reforçado, o canal do Bom Retiro e sobre ele estava firmemente assentada a Rua Nereu Ramos e parte da uma nova praça, batizada de Dr. Blumenau. Para ali foi removida a estátua em 1950, como parte das comemorações dos 100 anos de Blumenau.
Permaneceu neste local até 1967, quando alguém achou que seria mais interessante que o Dr. Blumenau ficasse no comecinho da Rua das Palmeiras. Afinal, a "alameda das palmeiras" havia sido idealizada por ele. E as primeiras árvores haviam sido plantadas também por ele no início da colonização. Consta que até a Câmara Municipal aprovou a mudança: "Os que estiverem a favor permaneçam como estão, Aprovado".
Em outubro de 1999, para marcar o centenário da morte do Dr. Blumenau, nova remoção da estátua. Obs: Na noite de 10/8/1998 a escultura foi removida para o
interior do Mausoléu Dr. Blumenau, então fechado ao público, objetivando sua
limpeza e conservação, para posteriormente ser assentada no pátio defronte ao
referido Mausoléu.
A partir de então, o Dr. Blumenau tomou conta do espaço em frente ao "Mausoléu", onde repousam seus restos mortais e os de sua família.
A partir de então, o Dr. Blumenau tomou conta do espaço em frente ao "Mausoléu", onde repousam seus restos mortais e os de sua família.
Em 70 anos de existência, a estátua do fundador de Blumenau percorreu quatro lugares.
Será que agora fica onde está ?
Será que ao completar 200 anos, Blumenau não "inovará", dando-lhe novo lugar de destaque ?
Com a palavra nossos filhos e netos ! Gente que estará comandando então esta Blumenau, cidade que eu tanto amo !
E SE A ESTÁTUA PUDESSE FALAR ... OU: DEPOIMENTOS DO DR. BLUMENAU !
Se a estátua do Dr. Blumenau pudesse falar, percorrendo os cenários que ele vislumbrava em cada novo logradouro no qual ia sendo colocada, poderíamos ter relatos mais ou menos assim:
Foto: Willy Sievert
1º LOCAL:
Na Alameda Rio Branco (permanência de 10 anos - 1940 a 1950):
Estou bem situado, no meio de uma rua muito larga, a antiga Kaiserstrasse, hoje Alameda Rio Branco, e por isto acho que não atrapalho o trânsito. Vejo em frente a Rua 15 de Novembro. Não consigo enxergar o Rio Itajaí Açu porque algumas casas ficam impedindo a visão.
Mas do meu lado direito está situado, na esquina da Rua 15 de Novembro com a Alameda Rio Branco, o belíssimo prédio do Hotel Holetz, um estilo arquitetônico que os nossos blumenauenses certamente irão preservar para mostrar aos seus filhos e netos. Mais adiante, aqui atrás do meu ombro direito, fica o novo prédio do Cine Busch, inaugurado no mesmo ano em que me colocaram aqui: 1940.
Foto: Willy Sievert
No lado esquerdo, na outra esquina, posso ver uma construção muito antiga, onde funcionava a casa comercial Katz e agora abriga a Casa Kieckbusch, de secos e molhados. E atrás do meu ombro esquerdo situa-se um dos casarões mais bonitos de Blumenau, de dois andares, onde funcionam no andar térreo os Correios e Telégrafos. Na parte de cima mora o gerente da agência.
Na frente deste casarão existe um "ponto" de carro de mola. O pessoal gosta de passear de carro de mola, principalmente nos domingos. Acaba de passar na Rua 15 de Novembro, em direção ao cemitério evangélico,um féretro com uma caleça toda preta, puxada por uma parelha de cavalos ornamentados com mantas também pretas, enfeitados com penachos da mesma cor sobre suas cabeças. O boleeiro veste terno escuro, usa gravata e bate suavemente com o chicote nos animais, seguindo em passo de trote.
Atrás, caminhando, vêm os parentes do morto e logo depois três carros de mola levam os mais velhos, os que não conseguem caminhar.
Autor desconhecido. Foto década de 1950 - Praça Dr. Blumenau, aos fundos porto e Ponta Aguda.
2º LOCAL:
2º LOCAL:
Na Praça Dr. Blumenau (permanência de 17 anos: de 1950 a 1967):
A Comissão de Festejos do Centenário de Blumenau, que será comemorado neste dia 2 de setembro de 1950, resolveu me transferir para a nova praça da cidade: a Praça Dr. Blumenau, que homenageia, vejam só, a minha pessoa.
Acabaram de retificar o Ribeirão Bom Retiro e agora o leito da Rua Nereu Ramos, e a base desta praça, estão mais seguros.
O Rio Itajaí Açu corre por trás da minha estátua e quem olhar bem vai ver como lá nos fundos a prainha está bonita, com uma faixa de areia onde os blumenauenses vem tomar sol e banhar-se nas águas claras do rio. Lá, mais ao fundo, pode-se ver também o Morro do Aipim, onde ficam terras de propriedade da minha família, doadas ao Município para abrigar um museu. Também dá para ver o Centro de Saúde.
Ao meu redor a praça ostenta uma bonita vegetação e aqui na frente está a Rua 15 de Novembro.
À minha esquerda ficam algumas construções e em uma delas está localizada a tradicional Confeitaria Socher.
Em frente, ainda à esquerda e no outro lado da rua, ergue-se um prédio de dois andares na esquina, que a família Cardoso de Florianópolis construiu para abrigar, no térreo, as lojas "A Capital", de sua propriedade. No segundo andar está funcionando agora a PRC-4 Rádio Clube de Blumenau, cujo palco tem um auditório de 80 lugares, onde acontecem programas com cantores locais. Em frente ainda, agora à minha direita, está localizado um posto de combustível que ostenta a marca Texaco. Os carros de mola são cada vez mais escassos. Agora são os automóveis de praça que fazem o transporte das pessoas, além dos ônibus da Empresa Kuhm, que serve a Itoupava Seca; a Wolfram com seus ônibus amarelos que trafegam entre o centro e o bairro da Velha, e a empresa Ulrich, que atende os moradores do Garcia, e que está sendo vendida para a família Sackl. Muita gente não anda mais de ônibus porque estão comprando carros próprios. A Rua 15 de Novembro está com bastante movimento e por isso existe agora uma Guarda de Trânsito Municipal composta de 15 integrantes. Foi daqui que eu pude assistir a muitos comícios de candidatos a presidência da República. Naquela sacada do primeiro andar das lojas "Capital" estiveram fazendo comícios o Jânio Quadros, o Ademar de Barros, o Marechal Teixeira Lott, o Juarez Távora. Até o Juscelino Kubitscheck apresentou-se no palco da Rádio Clube.
Na Alameda Duque de Caxias (permanência de 32 anos - de 1967 a 1999):
Agora estou na minha querida "Stadtplatz", onde dei início à colonização desta cidade. Plantei as primeiras palmeiras desta avenida que agora está às minhas costas. Elas envelheceram, tiveram que ser derrubadas e foram plantadas novas, que estão crescendo bem.
Logo em frente fica o Clube Náutico América, uma das glórias do remo catarinense. Mas demoliram a antiga construção e no seu lugar começaram a erguer um prédio moderno, de concreto, que chamam de "espigão", que logo foi embargado. A obra parou, e parada continua.
À minha direita, na esquina da Rua 15 de Novembro com a Alameda Duque de Caxias, ergue-se um prédio de 3 andares, onde funcionou muitos anos o Supermercado Carlos Koffke.
Olhando à esquerda posso ver a Praça Hercílio Luz e o monumento que homenageia os "Voluntários da Pátria" blumenauenses, que lutaram na Guerra do Paraguai. Atrás de mim, à direita, onde ficava o antigo Salão e Teatro Frohsinn, hoje está localizada a Celesc, sucessora da antiga Empresa Força e Luz Santa Catharina. Mais ao fundo, permanece de pé uma antiga construção que abrigava uma pensão. Depois, situa-se o Estádio de Futebol do Palmeiras E.C., batizado de Aderbal Ramos da Silva em homenagem a este governador, que doou ao clube a área de terras para a finalidade específica de ali se praticar este esporte.
Em julho de 1980, acompanhei a mudança de nome do Palmeiras, para Blumenau Esporte Clube, o BEC, mas as seguidas crises do "Palmeirinha", depois BEC, acabaram por determinar a falência do clube.
À minha esquerda situam-se a Biblioteca Pública Municipal "Fritz Müller" e também algumas casas coloniais, sendo que uma delas destaca-se porque ali mora a veneranda senhora Edith Gaertner, que mantém um belo horto florestal nos fundos da propriedade e é conhecida por criar muitos gatos e possuir um cemitério onde enterra os bichinhos quando morrem. Edith foi atriz e atuou cerca de 20 anos nos palcos alemães, sendo muito aplaudida. Mas um dia desistiu da carreira e voltou para a sua querida Blumenau.
Logo depois da casa da Edith, ficava minha residência,que a enchente de 1880 arrastou.
Ah, quando Edith morreu seu patrimônio passou ao Município e abriga hoje o Museu da Família Colonial, o Horto Florestal nos fundos, e tem como atração o "cemitério dos gatos".
4º LOCAL:
Na frente do Mausoléu Dr. Blumenau (permanência: desde 1999 até os dias atuais):
Por que estou aqui agora, ao lado do Mausoléu onde repousam meus restos mortais e os de meus familiares, trazidos da Alemanha ?
Morri na Alemanha no dia 30 de outubro de 1899. Para marcar o centenário da minha morte, resolveram que o melhor lugar para a estátua ficar seria exatamente na frente do "Mausoléu".
Fui então transladado para este logradouro.
O que vejo em frente, ao lado, aos fundos ?
Não preciso contar. Basta que você, blumenauense ou turista, venha até aqui, fique postado ao lado da minha estátua e depois conte o que viu.
O futuro ? O futuro vocês irão vivenciar e registrar !
Texto: Carlos Braga Mueller/arquivo de Carlos Braga Mueller/John Pereira (foto do Braga) Adalberto Day
__________
ADENDO:
A matéria original fez constar como Souza o sobrenome do escultor carioca ao qual o prefeito da época, José Ferreira da Silva, encomendou a estátua.
Todavia, em face da observação feita pelo memorialista Niels Deeke, e também pelo nosso assíduo internauta Cao Zone, blumenauense que reside no Rio de Janeiro, alteramos o sobrenome para Andrade, por aceitarmos as considerações de que este seja o nome correto do escultor.
Todavia, penitenciamo-nos, pois o sobrenome Souza consta no livro "A História de Blumenau", do historiador José Ferreira da Silva. (Carlos Braga Mueller).
ADENDO 2 :
Caro Adalberto e Braga :
Assaz pertinente, além de oportuna, a matéria postada pelo laborioso Carlos Braga Mueller - a quem parabenizo pelas sempre proveitosas contribuições com que nos tem brindado - intitulada : A Estátua peregrina de Dr. Blumenau . Contudo cumpre-me registrar não ter sido o escultor referido como sendo " Francisco de Souza" o autor da estátua, porém sim "Francisco de Andrade" .
Acerca da estátua do Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau, anotei , há tempos, em meus alfarrábios, o quanto adiante se segue :
............ A Estátua do Dr. Blumenau, esteve primeiramente assentada no início da Alameda Rio Branco, local em que foi inaugurada a 21/4/1940. Trata-se de escultura elaborada pelo professor de Belas Artes do Rio de Janeiro “Francisco de Andrade”, ( Francisco de Andrade, nascido em 1893 no Rio de Janeiro) alguns autores registram erroneamente o nome do escultor como tendo sido “Francisco de Souza” !!! Foi encomendada, em 1939, ao professor e escultor, quando era prefeito José Ferreira da Silva. Em 1950, durante os festejos do Centenário de Blumenau, a estátua foi removida e assentada na “Praça Dr. Blumenau”, na foz do ribeirão Bom Retiro. Durante a 2a. Gestão Administrativa Municipal de Hercílio Deeke, 1961-1966, a estátua foi relocalizada para o início da Rua das Palmeiras, a fim de possibilitar os trabalhos de canalização da foz do Ribeirão Bom Retiro e do enrocamento da margem direita do rio Itajaí Açu, por onde transitavam os caminhões caçamba, dando início a consubstanciação do MURO DE ARRIMO, que foi executado no trajeto entre a foz do ribeirão Garcia e a rua Floriano Peixoto, isto ainda em 1965 e pouco antes, fração da via que, posteriormente, foi denominada av. Castelo Branco, ou seja a Beira-Rio. Na noite de 10/8/1998 a escultura foi removida para o interior do Mausoléu Dr. Blumenau, então fechado ao público, objetivando sua limpeza e conservação, para posteriormente ser assentada no pátio defronte ao referido Mausoléu. Vide, também, Jornal de Santa Catarina de 12/8/1998 Caderno B pág.01.
Por importante cumpre assinalar que a estátua do Dr. Blumenau, quando assentada no entroncamento da Alameda Duque de Caxias com a Rua XV de Novembro, possuía pesado plinto ( um alaque ) em granito - uma bela base quadrangular em pedra finamente lavrada, servindo de pedestal ao monumento. Supomos que seu peso fosse de 2.000 kg e sua altura fosse de um metro, e talvez com superfície de 2,00 x 2,00 metros. Contudo quando reassentaram a estátua, em 1999, defronte ao Mausoléu, simplesmente lá a colocaram desprovida do plinto quadrangular, rebaixando a altura do monumento - enfim deixando de cumprir fielmente a inteira e perfeita relocalização do monumento original - fato lamentável. Certamente algum prócer político da administração de então, apoderou-se da preciosa peça lavrada e atualmente decore seu patrimônio particular. Na ocasião Niels Deeke questionou, pessoalmente, tal incompletitude mutilante perante à administração da Fundação Cultural, cuja resposta lacônica foi a de que a colocação do plinto seria " difícil " em razão do elevado peso.......todavia observe-se que então, diversamente da época em foi assentada no local da qual a retiraram, possuíam possantes carregadeiras, das quais mesmo uma de pequeno porte, poderia, prontamente - em menos de hora - ter colocado o belo plinto defronte ao mausoléu para conter altaneira a estátua do Fundador. Enfim configurou-se outro caso de iconoclastia, agravando, a lamentável circunstância, ter sido praticada sob os auspícios da então administração da Fundação Cultural de Blumenau. Enfim cadê o PLINTO ? Com a palavra a Fundação Cultural de Blumenau.
Cordiais Saudações
Niels Deeke, em Bl'au -SC
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ADENDO:
A matéria original fez constar como Souza o sobrenome do escultor carioca ao qual o prefeito da época, José Ferreira da Silva, encomendou a estátua.
Todavia, em face da observação feita pelo memorialista Niels Deeke, e também pelo nosso assíduo internauta Cao Zone, blumenauense que reside no Rio de Janeiro, alteramos o sobrenome para Andrade, por aceitarmos as considerações de que este seja o nome correto do escultor.
Todavia, penitenciamo-nos, pois o sobrenome Souza consta no livro "A História de Blumenau", do historiador José Ferreira da Silva. (Carlos Braga Mueller).
ADENDO 2 :
Caro Adalberto e Braga :
Assaz pertinente, além de oportuna, a matéria postada pelo laborioso Carlos Braga Mueller - a quem parabenizo pelas sempre proveitosas contribuições com que nos tem brindado - intitulada : A Estátua peregrina de Dr. Blumenau . Contudo cumpre-me registrar não ter sido o escultor referido como sendo " Francisco de Souza" o autor da estátua, porém sim "Francisco de Andrade" .
Acerca da estátua do Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau, anotei , há tempos, em meus alfarrábios, o quanto adiante se segue :
............ A Estátua do Dr. Blumenau, esteve primeiramente assentada no início da Alameda Rio Branco, local em que foi inaugurada a 21/4/1940. Trata-se de escultura elaborada pelo professor de Belas Artes do Rio de Janeiro “Francisco de Andrade”, ( Francisco de Andrade, nascido em 1893 no Rio de Janeiro) alguns autores registram erroneamente o nome do escultor como tendo sido “Francisco de Souza” !!! Foi encomendada, em 1939, ao professor e escultor, quando era prefeito José Ferreira da Silva. Em 1950, durante os festejos do Centenário de Blumenau, a estátua foi removida e assentada na “Praça Dr. Blumenau”, na foz do ribeirão Bom Retiro. Durante a 2a. Gestão Administrativa Municipal de Hercílio Deeke, 1961-1966, a estátua foi relocalizada para o início da Rua das Palmeiras, a fim de possibilitar os trabalhos de canalização da foz do Ribeirão Bom Retiro e do enrocamento da margem direita do rio Itajaí Açu, por onde transitavam os caminhões caçamba, dando início a consubstanciação do MURO DE ARRIMO, que foi executado no trajeto entre a foz do ribeirão Garcia e a rua Floriano Peixoto, isto ainda em 1965 e pouco antes, fração da via que, posteriormente, foi denominada av. Castelo Branco, ou seja a Beira-Rio. Na noite de 10/8/1998 a escultura foi removida para o interior do Mausoléu Dr. Blumenau, então fechado ao público, objetivando sua limpeza e conservação, para posteriormente ser assentada no pátio defronte ao referido Mausoléu. Vide, também, Jornal de Santa Catarina de 12/8/1998 Caderno B pág.01.
Por importante cumpre assinalar que a estátua do Dr. Blumenau, quando assentada no entroncamento da Alameda Duque de Caxias com a Rua XV de Novembro, possuía pesado plinto ( um alaque ) em granito - uma bela base quadrangular em pedra finamente lavrada, servindo de pedestal ao monumento. Supomos que seu peso fosse de 2.000 kg e sua altura fosse de um metro, e talvez com superfície de 2,00 x 2,00 metros. Contudo quando reassentaram a estátua, em 1999, defronte ao Mausoléu, simplesmente lá a colocaram desprovida do plinto quadrangular, rebaixando a altura do monumento - enfim deixando de cumprir fielmente a inteira e perfeita relocalização do monumento original - fato lamentável. Certamente algum prócer político da administração de então, apoderou-se da preciosa peça lavrada e atualmente decore seu patrimônio particular. Na ocasião Niels Deeke questionou, pessoalmente, tal incompletitude mutilante perante à administração da Fundação Cultural, cuja resposta lacônica foi a de que a colocação do plinto seria " difícil " em razão do elevado peso.......todavia observe-se que então, diversamente da época em foi assentada no local da qual a retiraram, possuíam possantes carregadeiras, das quais mesmo uma de pequeno porte, poderia, prontamente - em menos de hora - ter colocado o belo plinto defronte ao mausoléu para conter altaneira a estátua do Fundador. Enfim configurou-se outro caso de iconoclastia, agravando, a lamentável circunstância, ter sido praticada sob os auspícios da então administração da Fundação Cultural de Blumenau. Enfim cadê o PLINTO ? Com a palavra a Fundação Cultural de Blumenau.
Cordiais Saudações
Niels Deeke, em Bl'au -SC
Muito apropriado e um tanto curioso o artigo. A estátua merece cada vez mais destaque, uma boa iluminação e sempre onde ficar deverá ser um lugar de honra. Lembro que esta estátua não é só dos blumenauenses. Indaial, Timbó, Pomerode, e todo vale acima, deve muito ao colonizador.
ResponderExcluirAproveito para deixar o link de uma foto recente que fiz da estátua.
http://flic.kr/p/8ZHN6J
Fernando.
caro adalberto,
ResponderExcluiré muito triste ver como os nossos símbolos culturais são desconsiderados. Valeu Braga sensacional texto
Abraço do Antunes Severo
E eu achando que estava no mausoléu desde que foi inaugurada. Muito menos conhecia que foi feita por um artista no Rio de Janeiro.
ResponderExcluirMais uma vez, pequenos detalhes de nossa cidade, que soubemos a partir da colaboração de seu blog, pelo texto de Carlos Braga Mueller.
Abs, Claus.
Muito bom o texto! Aprendi muito mais sobre a historia de Blumenau
ResponderExcluirFlorescamilla @adalbertoday Bom dia, com muitas informações ótimas postagens!
ResponderExcluir"Muita gente não anda mais de ônibus porque estão comprando carros próprios."
ResponderExcluirFoi ai que começaram os problemas de trânsito em nossa cidade.
Parabéns, mais um fantástico texto.
Saudações,
Paulo
crp_hist @adalbertoday A Famosa estatua Andante do Dr. Blumenau... Já virou mito no Curso de História da Furb.
ResponderExcluirPrezados/as, um pequeno adendo sobre o escultor da estátua:
ResponderExcluir(...) Francisco de Andrade, nasceu no Rio de Janeiro em 1893. Estudou escultura no Liceu de Artes e Ofícios e na Escola Nacional de Belas Artes. Aluno de Rodolfo Bernadelli, foi seguidamente premiado pelo Salão Nacional de Belas Artes entre os anos de 1913 e 1917. Em 1920 obteve o prêmio de viagem de estudos à Europa. Dedicou-se à escultura religiosa, na qual se destaca Nossa Senhora do Monte do Carmo, e aos retratos. Suas obras mais conhecidas são os bustos de José Bonifácio e de Benjamin Constant, expostos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e o monumento a Tiradentes, erguido em 1926 diante do Palácio Tiradentes, no local da cela da Cadeia Velha em que o alferes passou a última noite antes de sua execução. Faleceu em 1953 (...)
Abraços, Cao
Ótimo texto ! Creio que agora a estátua do Dr. Blumenau encontrou seu local definitivo. Assim espero.
ResponderExcluirOI ADALBERTO,
ResponderExcluirFantástico os artigos sobre DR.BLUMENAU e demais assuntos.
MUITO OBRIGADO pelas informações.
UM ABRAÇO.
Vitório Felsky
SENSACIONAL!!!!
ResponderExcluirPARABÉNS MAIS UMA VEZ PELO ÓYIMO ARTIGO
ÉDERE RENE LOFHAGEN.
ernlofhagen@bol.com.br
Nada como quem sabe cultivar sua história, suas memórias. Parabéns pela belissima e interessantissima matéria. As coisas vão passando e agente vai esquecendo. De repente aparecem Adalberto Day, Braga Muller, Niels Deeke, Cao Zone, entre outros para lembrar-nos: Em Blumenau a história é conservada como um memorial para mostrar ao futuro o que foi e o que é esta gente.
ResponderExcluirDestaque-se que, no caso, os diferentes locais em que esteve e está a estátua peregrina sempre foram áreas nobres, no seu devido tempo, de nossa cidade.
Infelizmente são muitos os exemplos de registros históricos que estão envelhecendo, criando mofo, em algum canto de tantas cidades.
Parabéns Blumenau.
Que Deus abençoe a todos,
Caminha
Texto delicioso e criativo.Porém, há uma falha histórica imperdoável. O nobre cronista ignora que, quando na rua das Palmeiras, ao olhar para trás, à sua direita, após a Celesc, nosso estimado Dr. Blumenau durante anos avistava o popularíssimo (e já extinto) Bar e Hotel Pedro Linguiça, local frequentado por raparigas de má fama,especializadas em proporcionar companhia e um ombro amigo a frequentadores de reputação duvidosa.
ResponderExcluirBelíssima, a contribuição do Braga Müller! Não creio que tanhamos, em nosso belo planeta, muitos exemplos de estátuas tão peregrinas como a do Dr. Blumenau. Oxalá fique de pé sempre, ainda que peregrinando pela nossa bela cidade. Grande abraço, Wieland
ResponderExcluirMaria Lina Ferrari Rezende Bom dia Ser Day
ResponderExcluirVocê me levou ao meu tempo de jovem
Aos domingos ia a missa na quela linda igreja que foi demolida após demolida, rua 15 para ir ao auditório da Clube para assistir o programa Big Achou Dominical
Onde tinha cantores como saudoso Vitório Piffer Tangará r as Irmãs Pera
As vezes aos domingos a tarde na sorveteria Soker tomar uma vaca preta ou seja sorvete com coca cola e ir na matinê no Cine Buch nós tempos que não volta mais.
Mas recordar é viver !!!
Um forte abraço para você e sua
ResponderExcluirJulio Costa Me lembro bem dessa estátua,do fundador da nossa querida Blumenau,parabéns Adalberto Day.Abraço
ResponderExcluirSuperfã
Juliano Cesar Pereira Dr. Hermam Bruno Otto Blumenau, sua esposa e seus quatro filhos , estão sepultados no mausoléu ao lado da antiga prefeitura de Blumenau.
Muita história e pouco conhecimento sobre a cidade...
Ainda bem que temos pessoas como o Adalberto Day e sua companheira Dalva Day, que seguem disseminando a história e o que de melhor, teve, tem e terá a Blumenau, dos blumenauense
Se pudesse falar o Dr. Blumenau falaria: Quem foi o $%¨¨%&*(# que plantou essa árvore aqui na minha frente, como posso olhar as pessoas passeando na XV.
ResponderExcluirUma outra estátua que também mudou de lugar foi a de Olavo Bilac, na verdade é um busto. Ficava no início da Rua João Pessoa no meio da rua de frente para a referida rua, certa vez foi abalrroada por um automóvel e foi ao chão. Um pedreiro desavisado a colocou novamente no lugar, só que dessa vez ela ficou virada para a Rua 7 de setembro. Anos depois mudou de lugar indo parar defronte onde hoje funciona o Procon.
Daio Silva
ResponderExcluirEnterraram a estátua junto ao Dr. Blumenau, pois em qualquer lugar civilizado onde a história é levado a sério essa estátua estaria num lugar robusto e visível. Quem não expõe sua história aos olhos sempre permanecerá na ignorância da história.
Daio Silva
ResponderExcluirBlog Adalberto Day Bom, meu ponto de vista é algo bem estrutural. Quando me referi “enterraram a estátua junto” quis dizer colocaram ele num cantinho não apropriado a sua grandeza, tanto o homen Dr. Blumenau e seu escultor. Eu acredito que a estátua do Dr. Blumenau deveria ter uma visibilidade maior. Não podemos nos tornar um Alemão de Oktoberfest, é algo vexaminoso!
Guenter Georg
ResponderExcluirRealmente não sabia desta informação !!!
Elmo Francisco Kraetzer
ResponderExcluirA imponência do Cine Busch, na Alameda Rio Branco, é algo incomum aos dias atuais. A Alameda Rio Branco estava pra Blumenau, como a Champs Elysees está pra Paris na França.
Era simplesmente lindo e harmonioso.
Infelizmente fizeram de Blumenau, o que se vê hoje, amputaram nossa história, desfiguraram nossos ideais e esqueceram dos nossos costumes.
Dayana Cristina
ResponderExcluirMagnífica, uma memória inestimável, lugares não existentes mas tão vivido nesta imagem.
Carmen Lucia Voigt
ResponderExcluirGeralmente a diretora dona Elza me encarregava de depositar as flores ao pé da estátua,obs na época não era feriado neste dia
Adorei saber os detalhes..
ResponderExcluirGratidão caríssimo
Nelsita Grassi
ResponderExcluirBlog Adalberto Day Que legal conhecer sobre a estátua do dr. Blumenau.
Não sou de Blumenau e já moro por aqui a 43 anos, e cada dia que passa, conheço mais sobre a Linda Loura Blumenau.
Obrigada .
Catarina Tecla Mistura
ResponderExcluirLi todo e link e não conhecia sobre a história da estátua de Dr. Blumenau, achei muito interessante. Obrigada!