Em histórias de nosso cotidiano, apresentamos hoje o amigo Werner Henrique Tönjes (Significa Antônio) (foto), traduzindo o texto que enviou ao jornal alemão Wilhelmshaven. (faleceu 25 09 2021 aos 83 anos).
Também fotos atuais e antigas da famosa Confeitaria Tonjes, anexo restaurante, fundada em 1933, por Anna Tönjes (falecida em 1946) e seus filhos Hans e Heinrich Gehardus. Com o falecimento de Heinrich Gehardus em 12 de junho de 1968, seu filho Werner Tönjes continuou até 31 de novembro 1979.
A partir de 1º de dezembro de 1979 a confeitaria chamou-se de Blumental do Dr.Godo Goemann que introduziu também o prato pizza. A confeitaria Blumental mudou de proprietários três vezes aproximadamente até 1986
Também fotos atuais e antigas da famosa Confeitaria Tonjes, anexo restaurante, fundada em 1933, por Anna Tönjes (falecida em 1946) e seus filhos Hans e Heinrich Gehardus. Com o falecimento de Heinrich Gehardus em 12 de junho de 1968, seu filho Werner Tönjes continuou até 31 de novembro 1979.
A partir de 1º de dezembro de 1979 a confeitaria chamou-se de Blumental do Dr.Godo Goemann que introduziu também o prato pizza. A confeitaria Blumental mudou de proprietários três vezes aproximadamente até 1986
Jornal alemão Wilhelmshaven
O jornal é da cidade portuária de WILHELMSHAVEN, Alemanha; de sábado, 28 de março de 1970 (Em homenagem ao Imperador Wilhelm que a fundou e Haven significando porto);
O jornal é da cidade portuária de WILHELMSHAVEN, Alemanha; de sábado, 28 de março de 1970 (Em homenagem ao Imperador Wilhelm que a fundou e Haven significando porto);
Tradução : Werner Henrique Tonjes
Foto acima: Confeitaria Tonjes em 1974
Frisio (Frisia região Norte da Europa-Tribo Nórdica) de Rüstringen caminha por Blumenau. Jornal Wilhelmshaven, sábado, 28 de março de 1970. A cidade com a população de 125 mil habitantes foi fundada pelo Dr. Hermann Otto Blumenau há 120 anos , desde o princípio usufruiu da benevolência e proteção de sua Majestade Dom Pedro II. Na vinda de maiores ondas migratórias veio no ano 1924 Heinrich Tönjes de Wilhelmshaven para Blumenau;ele fundou um firma e padaria de doces e salgados; seu filho Henrique ampliou a casa que se situa defronte a igreja católica para uma confeitaria Isso era naquela época um empreendimento arrojado pois a colônia no Itajaí não era muito confortável. Carroças de agricultores e carros de mola dominavam a paisagem, onde pouca vida na sociedade era cultivada. Porém com o passar dos tempos, a confeitaria Tönjes, que na língua portuguesa pronunciou-se como Tenjes, teve o seu movimento aumentado. Logo a casa era pequena demais. Os frequentadores na década de 30 sentavam-se em cadeiras de vime antes de dirigir-se às suas moradias, como em Paris nos Boulevards. Atrás das casas, passa o rio Itajaí-Açu. Movimento de barcos animam a paisagem. Árvores majestosas ornamentam as margens. Essa linda vista foi aproveitada pela família Tönjes para construir uma varanda para os seus clientes. Há oito anos, o panorama da cidade transformou-se. Às margens do rio construíram-se muitos edifícios.
A varanda foi feita por volta de 1940, e revestida com tijolinhos a vista em 1976.
Antiga Confeitaria Tonjes:Fotos dez/2009
Em 1963 terminou-se a construção da torre da igreja católica dominante ponto de referência da cidade. Ali pertinho anexou a familia Tönjes o “Jardim de Verão”. Esse é um aprazível local de reunião dos blumenauenses de todos os segmentos da sociedade e se discutem animadamente os fatos do dia. No Tönjes , a gelada cerveja escura é tão gostosa como o café gelado berlinense,o apfelstrudel com chantilly ou os sonhos berlinenses.
Durante o aprendizado escolar de Werner Tönjes as escolas alemãs foram fechadas. Quem falasse o idioma alemão publicamente era encarcerado. Atualmente também normalizou-se tudo em Blumenau. Werner Tönjes recorda-se sempre da Alemanha, de Wilhelmshaven e também da Holtermannstrasse onde seus antepassados viveram.
Seu avô dirigia a casa do parque, ela situava-se onde hoje se localiza o parque de patinação. Nas colunas foto de Heinrich Tönjes, nascido em 1886 e que em 1924 emigrou para o Brasil e fundou a confeitaria Tönjes. Ao lado, doces oferecidos ao público.
Bem em cima: brasão de Santa Catarina; a seguir brasão de Blumenau; bem nítido de se ver: depois um cavalo branco que é o terceiro da esquerda pra direita do estado alemão da baixa saxônia ;em seguida o brasão do guerreiro nórdico símbolo da cidade portuária de wilhelmshaven Dois brasões brasileiros e depois os dois brasões alemães. Depois o entalhe de madeira com o nome da cidade wilhelmshaven, a data da vinda da família Tonjes para Blumenau 1924 e ANNO DOMINI, 1924 A.D.
O entalhe de madeira foi colocado em 2009 , a palavra WILHELMSHAVEN tem uma característica própria, as letras são colocadas de modo que indicam aceleração e progresso , o porto é um dos maiores da Europa em containeres.
Década de 50 da confeitaria Tonjes
Foto do terraço com vista para o "verde do barranco" na margem direita do rio Itajaí Açú, hoje avenida Castelo Branco .
Doces na vitrine, 1963
Arquivo e tradução Werner H.Tonjes/Adalberto Day
Olá Sr. Adalberto!
ResponderExcluirParabéns por esta matéria. Valorizar nosso patrimônio edificado e imaterial (representado muito bem na atuação da Confeitaria Tonjes!) é uma missão louvável!
Parabéns, também, pelo primeiro "Mesa de Bar"...ficamos no aguado do segundo programa!
Um grande abraço.
Darlan
Adalberto!
ResponderExcluirSempre passava na frente da casa do sr. Werner e não sabia o que aquilo significava! Agora fico menos inquieto e feliz em saber que lá foi um dos maiores pontos de encontro dos blumenauenses. Parabéns pela pesquisa e tb digo que estou ansioso pelo próx. Mesa de Bar.
Abraços.
Prezados Alberto e Werner Tonjes,
ResponderExcluirparabéns por resgatar a história de um povo tão querido e trabalhador como nossos blumenauenses!
As fotos e os fatos da cidade de Blumenau fornecem as pistas de uma cidade cheia de encantos!
Boas festas e próspero ano novo!
Ursula Blattmann
Professora na UFSC - Florianópolis
Excelente post caro amigo Adalberto. Tenho inclusive mostrado aos meus filhos sobre o que era nossa cidade, sua riqueza de valores, de lugares e de cidadãos.
ResponderExcluirBOM DIA!
ResponderExcluirWERNER, DOU MEUS PARABÉNS PELA BELA REPORTAGEM A SEU RESPEITO NO JORNAL. PARABÉNS E QUE CONTINUE SEMPRE SENDO ESSA PESSOA MARAVILHOSA QUE CONTRIBUI PARA O CONHECIMENTO DA HISTÓRIA E CULTURA DA ETNIA ALEMÃ. POUCO SEI E PROCURO BUSCAR E GRAÇAS A DEUS VC APARECEU NO MEU CAMINHO MESMO QUE VIRTUALMENTE MAS TEM ME AJUDADO MUITO. E SE VC NÃO ENJOAR DE MIM VOU PEDIR MUITO AINDA SUA AJUDA. SEU TRABALHO DEMONSTRA CARÁTER E HUMILDADE E PARTILHA E EXEMPLO...NESTES DIAS QUE ANTECEDEM O NASCIMENTO DE CRISTO...PARABÉNS!!
UM GRANDE ABRAÇO!
SUA AMIGA,
NELCI LOURDES WUNSCH
sobre a confeitaria tonjes
ResponderExcluirParabéns, são estes tipos de investidores que Blumenau tanto precisa, vocês vieram e deram conta do recado e entraram para a história.
abraços.
Wanderley Pugliesi
Meu caro Werner,sem dúvida a Confeitaria Toenjes marcou a minha juventude,quantas vezes "matávamos" a aula do Santo Antonio para nos reunir na varanda da beira rio ouvindo o Norberto tocar o piano.As empadinhas eram insubstituíveis e a torta Bisé magnífica.Infelizmente,ou felizmente,hoje é história,e fazemos parte dela.
ResponderExcluirUm abraço,Rubens Heusi
Eu, como não nasci em Blumenau, fico bem feliz quando leio teu blog e encontro textos sobre o patrimônio cultural da cidade.
ResponderExcluirEssa casa é muito bonita e eu sempre fiquei imaginando o que ela foi no passado. Agora não preciso mais imaginar. Já sei.
Abraço.
Amigo Adalberto, quando pequeno, na virada década de 1960 para a de 1970, morava na Ponta Aguda e aos domingos íamos a pé para a Escola Dominical na IECLB Blumenau Centro. No caminho, duas coisas chamavam minha atenção de maneira especial: o "Öffentlicher Garten", como chamávamos o que é hoje o "Biergarten", e o terraço da Confeitaria Tönjes. A primeira, por causa da estátua dos soldados blumenauenses que foram à Guerra do Paraguai, e, é claro, dos brinquedos que faziam nossa alegria. O segundo, pelo terraço que dava para a Avenida Beira-Rio, pois era diferente, único, refinado, aristocrático, objeto de desejo quase inalcançável aos olhos do menino daqueles dias. Mas não tardaria muito, apenas alguns anos, para que as portas daquele lugar misterioso se escancarassem para o então já garoto de cerca de 12 anos. Minha mãe, dona Marga Lickfeld, fora contratada para confeccionar as cortinas da confeitaria e eu fui junto, para ajudar a colocá-las. Fiquei impressionado com a decoração do lugar e a bela vista para o rio. Pouco depois, por volta de 1977, meu irmão John Louis, então com 13 anos de idade, trabalhou lá durante uma temporada de férias de verão. No início da década de 1980, mesmo com o negócio sob a batuta de outro administrador, lembro de ter ido lá diversas vezes, para jantar ou apenas comer batatas fritas, como era costume fazer. O local tinha de fato um charme especial. Como esquecer da armadura medieval que ornamentava o seu interior? Um grande abraço!
ResponderExcluirSr.Adalberto, boms tempos aqueles.
ResponderExcluirNunca mais Blumenau conheceu uma casa, como a Confeiraria Tönjes .
Ainda na última semana, o ex-gerente da Lufthansa, Garbis Bohjalian ,com o qual eu
trabalhei nos anos 70,comentou sobre a Confeitaria Tönjes.
Esse tipo de comentário eu já ouvi
na Alemanha,várias vezes. Que saudade .Parabéns pelo lindo prédio conservado , é história.Sucesso ao editor. Fred Ullrich
Fernando Deola
ResponderExcluirMeus sentimentos à família e amigos que, como eu, perdem uma figura que deixou grandes contribuições. Nunca vou esquecer dos conselhos, das conversas sempre aprofundadas, do acampamento na ilha, dos cafés à tarde onde eu chegava de surpresa e podia ouvir os comandos em alemão pro Haras (belíssimo e muito bem treinado pastor alemão). Enfim, o mundo ficou mais vazio hoje
Minha mãe trabalhou na Confeitaria com o Sr Werner e sempre falava dele e de seu pastor alemão que obedecia muito bem as ordens dadas pelo Sr. Werner, sempre em alemão.
ExcluirTriste em saber do seu falecimento.
Vânia Regina Couto
ResponderExcluirMeus sentimentos a familia e amigos.Sr.Toenjes fez parte de nossa história de família, meu pai Altino foi confeiteiro anos lá ...falecido em 2011 .Gratidão Sr.Werner Toenjes.
Descanse em paz.
Doroty Adam Bussmann
ResponderExcluirNoooossa, a taça de morangos com nata... i-nes-que-cí-vel!!! Seus doces, bolos, tortas... havia tb uns minúsculos "chinelinhos" de suspiros... Meu Deus, que saudades... Meus mais profundos sentimentos aos familiares e amigos...
Doroty Adam Bussmann
ResponderExcluirLembro de uma amiga de Mafra que, com seu esposo, num amanhecer de 1° de janeiro, há muitos e muitos anos, aguardavam o horário de partirem de volta para sua cidade... Decidiram ir à Beira Rio e, de repente, viram surgir, no terraço da Tönjes, um casal em trajes de gala, que dançava apaixonadamente ao som de um romântico violino... Ela seeeempre contava para os amigos esse fato que presenciou, num amanhecer de Réveillon, na bela Blumenau de outrora...
Iracema Hadlich Henschel
ResponderExcluirEu trabalhava na CASA BORBA e durante a semana fazia meu lanche ali e aos domingos com amigas tomávamos um excelente café com delícias de bolos .
Mariano Davila
ResponderExcluirTBEM CONHECI SEU TONJES..TBRABALHEI NA FCIA BLUMENAU..BEM EM FRENTE...MEUS SENTIMENTOS AOS SEUS FILHOS...KLAUS & WERNER TONJES
Ilse Raduntz
ResponderExcluirSentimentos a família !!!
Lembro como se fosse hoje o sabor do bolo de morango com nata 😋 uma delícia sem igual
Curt Nees
ResponderExcluirMeus pais, em especial minha mãe, Margot, marcava presença, sempre, com um grupo de amigas ❗Meu pai, Paul, também era frequentador assídu
Sandra Maria Scottini
ResponderExcluirQue saudades desse lugar. Eu e minhas amigas, ficávamos nas mesas que davam para a Beira Rio. Tempos bons
Fernando Schlup
ResponderExcluirMeus pêsames à família.
Quando fazia minha formação na UFSC, em Florianópolis, vinha de Curitibanos em viagem e planejava uma parada e café nesse lugar maravilhoso. O outro lugar era o Gruta Azul, que meu pai nos contava como uma lenda. E eram muito bons, realmente.
Ângela Maria Leven
ResponderExcluirMeu pesar. Realmente uma confeitaria e tanto. Lembro-me da taça de morango com nata...delícia!
Zuleica Porto
ResponderExcluirComo era gostoso tomar café na Confeiraria Toenjes,doces deliciosos
Catarina Tecla Mistura
ResponderExcluirMeus sentimentos a família, que Deus conforte seus corações. Era um lugar maravilhoso, que deixou grandes lembranças boas...
Maria De Lourdes Sabel
ResponderExcluirMeus sentimentos 🙏 o melhor bolo de chocolate que comi em minha vida
Ivone Korb Neotti
ResponderExcluirMeus sentimentos .
Até hoje sinto o sabor de um pãozinho que comprava qdo criança e levava de lanche para o colégio (sagrada família) doces lembranças .
Roseli Dopke
ResponderExcluirMeu marido sempre comenta dos folheados da Tonjes.Adorava.
Fernando Deola
ResponderExcluirMeus sentimentos à família e amigos que, como eu, perdem uma figura que deixou grandes contribuições. Nunca vou esquecer dos conselhos, das conversas sempre aprofundadas, do acampamento na ilha, dos cafés à tarde onde eu chegava de surpresa e podia ouvir os comandos em alemão pro Haras (belíssimo e muito bem treinado pastor alemão). Enfim, o mundo ficou mais vazio hoje 😔
Wieland Lickfeld
ResponderExcluirDurante vários anos o Sr. Tönjes divulgou Blumenau na Alemanha. Fazia contato, se não falha a memória, com os governantes da região de onde sua família emigrou, e os jornais de lá publicavam seus textos. Também aqui em Blumenau colaborou com diversas matérias do Santa ao longo dos anos. A filatelia também foi um caminho pelo qual contribuiu para divulgar Blumenau na Alemanha. Deus conforte e fortaleça os filhos, Werner e o Klaus, neste momento difícil. Um abraço fraterno a ambos
Zulmira Zaniz
ResponderExcluirMeus sentimentos s família,meu marido Hamilton Merlo que infelizmente faleceu em 12/04/2021 aos 67 anos, trabalhou no Tonjes quando tinha 14 anos, e me contou que o Procópio Ferreira pai da BiBi Ferreira esteve degustando as delícias do Tonjes e que era um lugar muito chique e elegante!
Udo Hermann Rieger
ResponderExcluirNossos Sentimentos!
Éramos frequentadores assíduos, tudo era delicioso, dos folhados, dos morangos com Shlagsahne e o Toddy Vienense!!!
Ito Kreutzfeld
ResponderExcluirConfeitaria de uma qualidade ímpar.
Ao sair do colégio STO Antônio, uma parada na confeitaria era praxe.
Ahhh, o MILKSHAKE, nunca mais tomei um tão saboroso, qto.
Vera Maria Paladini
ResponderExcluirEu, saindo do colégio Sagrada Família, ia às vezes saborear os bolos. Domingos à tarde também, programa infalível depois da matinê do Cine Blumenau ou Buch.
Claus Tonjes
ResponderExcluirAgradeço em nome da família a lembrança Adalberto ! Blumenau perde mais um dinossauro da sua história ! Andou na Rua XV ainda de barro, testemunhou inúmeros acontecimentos da cidade, viu muitas histórias, que inclusive foram reunidas em um pequeno livro chamado "Reminiscências da XV" , e também no Blumenau em cadernos, disponível em versão digital. Gostava de participar da história da cidade, e na sua divulgação mundo afora. De solícito com turistas à campanhas particulares de arrecadação de donativos, e também próteses, óculos, para os mais necessitados. Um grande cidadão ! A frente da confeitaria, gravou na memória de muitos além dos inesquecíveis doces, um tempo, uma época de ouro da história de Blumenau. Alemão, prussiano, brasileiro, e, blumenauense. Meu muito obrigado a todos pelas condolências !
Fui muito à essa maravilhosa confeitaria. Na época, eu comprava uma bolachinha de manteiga em forma de um pézinho, mas não consigo lembrar o nome. Será que alguem lembra?
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