sexta-feira, 21 de agosto de 2009

- A Escola de E. B. Governador Celso Ramos

- O aluno do Grupo Escolar São José
A imagem de 1961 mostra aluno do antigo Grupo Escolar São José, atual Escola de Educação Básica Governador Celso Ramos,888 rua da Glória - bairro Glória em Blumenau. O educandário foi fundado em 14 de fevereiro de 1929, com o nome de Escola Paroquial São José. Era comum na época todos terem sua foto exibida como uma recordação. Também o corte dos cabelos dos meninos era tipo soldado, moda da época, e uma forma de evitar doenças. (Foto: Arquivo de Adalberto Day)
Publicado no jornal de Santa Catarina Sexta - feira 21/08/2009 Edição N° 11711 , ALMANAQUE DO VALE do jornalista Sérgio Antonello

- O Distrito do Garcia se orgulha de fazer parte desta história deste tão importante educandário. Principalmente o bairro Glória está feliz em poder compartilhar desta história de glórias. Poderíamos aqui nominar milhares de cidadãos e cidadãs que através deste educandário puderam conduzir uma vida mais digna de satisfação profissional e familiar.
Histórico
- A Escola de Educação Básica Governador Celso Ramos foi fundada em 14 de fevereiro de 1929, com o nome de Escola Paroquial São José (servia de Capela pela comunidade – com sede inicialmente na Rua Belo Horizonte, em propriedades da família de Carlos Loos). Depois na frente da atual Igreja Nossa Senhora da Glória e em 1947 atrás da mesma. No atual local na década de 1950.
- A primeira comissão para a construção da escola e a igreja era formada por Henrique Heiden, Carlos Loos, Roepcke, Gustavo Weinrich. Compraram o terreno da família Schatz (antes o terreno era da família Sasse). Todos com exceção de José Schatz doaram o terreno, que chegou a estar em mãos da professora Júlia Strzalkowska, (foto). Antes dessa negociação do terreno, cogitou-se a construção de um cinema e de um hotel” (depoimento do sr. Nicolau Schtaz em 2002).
Escritora Urda Alice Klueger
O primeiro Presidente da escola foi Paulo Schatz, vice-presidente Carlos Loos e o primeiro secretário Nicolau Schatz.
Ex: Professoras Aguida e Alice
Quem sugeriu o nome da igreja e ajudou a fundá-la foi o frei Beda Koch, já na segunda comissão presidida pelo Sr. Rafael Rosini.
- Em meados de 1951, a Escola já contava com mais de 500 alunos.
- Em 1953, uma nova comissão em prol da ampliação da Escola foi formada, e comandada pelo Frei Raul Bunn.
- Em 1957, a Escola que era particular foi transformada em Grupo Escolar São José, por decreto do então governador Jorge Lacerda.
- Em 1966 foi introduzido o antigo Ginásio, com o nome de Colégio Governador Celso Ramos.

- Em 31 de março de 1971, com a implantação do novo plano estadual de educação, a Escola foi transformada em Escola Básica Governador Celso Ramos. 
- Em 1974, houve a fusão do Grupo Escolar São José com a Escola Básica Governador Celso Ramos.
- Em 1976 houve a implantação do 2º grau e a Escola passou a ser denominada Conjunto Educacional Governador Celso Ramos. Essas terras onde estão o colégio foram adquiridas da família Schatz , pela comunidade de todos os credos, mas por indução do Frei Raul Bunn, a comissão comandada pelo Sr. Rudolfo Papst passou a emprestar o nome da Igreja que iria assegurar a propriedade da comunidade em nome da comunidade. Lamentávelmente em agosto de 2002, o Bispo diocesano da catedral São Paulo Apostolo de Blumenau através da MITRA, vendeu ao governo do Estado o Colégio que foi construído pela comunidade sem distinção religiosa. Um ato que revoltou toda uma comunidade, de uma atitude prepotente, e sem fundamentação histórica. A comunidade no geral não foi consultada, apenas alguns lideres que não aceitaram a venda, gerando discussões em Rádio e Jornais.
Quero aqui relatar que no direito judicial a venda do educandário foi efetuada dentro da legalidade, porém nem tudo que é legal é moral e ético, e foi isso que foi ignorado.
Durante alguns anos, Freiras religiosas eram as educadoras da Escola e comunidade.
Quando falamos que foi a comunidade que construiu, foram de todos os credos, inclusive os céticos, maçons, espíritas e ateus, o que eles queriam era uma escola.
Esse colégio foi o esforço de toda uma comunidade, ainda quando a Rua da Glória era conhecido com o nome de Spectife (palavra de origem alemã que quer dizer terra gordurosa ou lamacenta – barro vermelho) e foi nessas terras lamacentas que a comunidade do grande Garcia independente de credo, política, e pessoas representativas do bairro, como o Sr. Rudolfo Papst, Orlando de Oliveira, Francisco de Oliveira, João Heiden, José Klein Jr., Júlio Corsini, Antonio Tillmann, Dr. Nelson Salles de Oliveira, José de Oliveira, Oswaldo Malheiros , posteriormente Frei João Maria e o Padre Virtulino que introduziu o segundo grau e tantos outros que poderíamos nominar, levantaram tijolos por tijolos deste grande Educandário.
Arquivo de Dalva e Adalberto Day/João Carlos Day/Urda Alice Klueger/

2 comentários:

  1. Valeu, Adalberto! Muito obrigada! O que mais me emocionou, no entanto, foi ver a foto da D. Júlia! Era exatamente como eu lembrava! Que linda! (Só que naquela altura eu pensava que ela era muito velha - como gira a roda da vida!)
    Urda Alice Klueger!

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  2. Beto, lembra dos teatros que eram realizados no palco do colégio? Eu adorava assistir aquelas peças. Inclusive uma vez participei de um teatro onde fazia o papel de uma bruxinha má, mas que no fundo ela era boa. Lembro que Odete Pfiffer, atuou como bruxinha Angela e eu era bruxinha Fedelha. Seria interessante um dia também publicar fotos desses teatrinhos aqui no seu blog....( vai aí uma sugestão) Adorei a matéria. Um abraço.

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