O texto foi coletado do Blog de Adalberto Day, com autorização prévia, pela jornalista Viviane Bevilacqua – Diário Catarinense. Postagem em outubro de 2008, e reeditada em 01/março/2009
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TRADIÇÃO
Europeus fundaram colônia na mata de São Pedro de Alcântara O Major de Milícias Silvestre José dos Passos, por determinação do Presidente da Província de Santa Catarina, Francisco de Albuquerque Mello, funda, em 1º de março de 1829, em plena mata virgem e hábitat indígena, a Colônia dos Alemães, depois denominada São Pedro de Alcântara, em homenagem à família imperial reinante.
Sua fundação ocorreu às margens do caminho-de-tropas (estrada que se abria para Lages), com aproximadamente 60 imigrantes.
Foi no dia 1º de março 2009, a cidade de São Pedro de Alcântara faz festa para celebrar a chegada dos primeiros imigrantes alemães ao Estado, há exatos 180 anos.
Apesar da proximidade com a Capital – a apenas 32 quilômetros – e das 18 décadas de história, São Pedro de Alcântara mantém atrativos turísticos ligados à natureza, além dos produtos artesanais, como a saborosa aguardente elaborada em centenários engenhos movidos a água. A população é de aproximadamente 4 mil habitantes, e a economia do município baseia-se no turismo rural, histórico e cultural, o ecoturismo, a produção de hortigranjeiros e derivados de cana.
A principal atração de São Pedro de Alcântara é a Igreja Matriz, construída em 1929, no primeiro centenário da imigração alemã. Obra de grande beleza, com altar esculpido em madeira oriunda da Alemanha, abriga várias imagens sacras e sua cúpula lembra a da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
A cidadezinha convida a retomar antigos hábitos. A melhor forma de entrar no clima do passeio é abandonar o carro e sair a pé, sem pressa ou preocupação com a violência, que ainda não chegou por lá.
Comunidades se espalharam pelas regiões do Estado
Somente duas décadas depois da chegada dos primeiros imigrantes é que começou o grande fluxo de alemães para o Estado, com a colonização do Vale do Itajaí e das terras a noroeste do Estado, próximas ao porto de São Francisco do Sul. Da iniciativa privada de Hermann Blumenau, surgiu a Colônia Blumenau, no médio Itajaí-Açu (1850); em seguida, foram fundadas as Colônias de Dona Francisca (atual Joinville, em 1851), Itajaí-Brusque (1860) e Ibirama (1899).
O cientista social e pesquisador da história Adalberto Day explica que os imigrantes alemães ficaram separados dos luso-brasileiros, e suas atividades não afetaram em nada as áreas latifundiárias.
– As regiões colonizadas por alemães caracterizaram-se principalmente pelo regime de pequenas propriedades policultoras e pelo fato de permanecerem relativamente isoladas, gozando de uma certa autonomia e realizando um comércio em pequena escala – acrescenta.
Edição de 22 de fevereiro de 2009 – domingo
Texto/fonte: Viviane Bevilacqua – Diário Catarinense
Arquivo de Sônia Baier Gauche/Adalberto Day
Adalberto
ResponderExcluirParabéns a Santa Catarina!
Muito obrigada pela visita e pelo comentário no Rio em Disco.
Grande abraço.