Casa em que Hermann Wendeburg residiu de 1858 até 1881, até o seu falecimento. Alameda Duque de Caxias, 78 – Centro - Blumenau.
- Esta casa é um referencial da história administrativa da Colônia Blumenau. Na sala principal dessa casa foram tomadas muitas decisões administrativas importantes. Datada de 1858, é a mais antiga de Blumenau. Aos fundos desta residência, morou Dr. Blumenau em uma casa de madeira que foi destruída pela enchente de 1880.
Os dois amigos: Hermann Blumenau x Hermann Wendeburg
Hoje quero prestar uma justa homenagem a uma personalidade, um tanto esquecida no contexto geral de Blumenau, mas de um valor significativo para toda comunidade blumenauense. Morador próximo onde existe uma Rua que leva o seu nome no Bairro Progresso, sempre tive a curiosidade de saber qual sua participação no desenvolvimento da colônia Blumenau. Quando estava professor, fazia o aluno conhecer primeiro sua Rua, o porquê do nome, para depois ensinar sobre o Bairro, cidade, Município, Estado e federação. Encontrei até dificuldades para obter fotos, que são raríssimas.
- Dr. Hermann Blumenau foi para a Alemanha em 28/03/1865 e casou-se com Berta Luiza Repsold em abril de 1867, retornou á Blumenau em 1869. Durante a sua ausência, que foi de quatro anos, a colônia prosseguiu no seu ritmo normal. Hermann Wendeburg, que imigrara em 1853, era natural da Alemanha, imediatamente após a sua chegada ao estabelecimento, o Dr. Blumenau o nomeara seu “secretário-tesoureiro” Guarda-livros . Nesse posto, permaneceu até a sua morte em 1881.
- Nasceu a 02 de fevereiro de 1826 em Foerste bei Hildesheim (Alemanha) e faleceu em Blumenau às 03 horas da tarde de 13 de janeiro de 1881. Foi Wendeburg quem, em 1865, organizou o Batalhão de Voluntários da Pátria que se destinava à Guerra do Paraguai, e em reconhecimento pelos serviços prestados no recrutamento o Império do Brazil recebeu, na pessoa do Imperador D. Pedro II, a concessão da condecoração da “Ordem da Rosa” (Y)
- Homem inteligente e de relativa cultura, foi escravo do trabalho e do dever. Honesto, digno, produtivo e laborioso, foi colaborador dos mais eficientes do Dr. Blumenau, que o teve sempre na mais alta conta,votando-lhe grande estima e respeito. Diferente no temperamento, Hermann Wendeburg era mais acessível e amável do que o Dr. Blumenau, cujo caráter austero e franco, quase sempre estava mal humorado muitas vezes, o fizera entrar em choque com os colonos. Os Colonos, por isso mesmo, entendiam-se melhor com Wendeburg. Por essa razão, os negócios administrativos da Colônia, sem sofrer solução de continuidade, prosseguiram sem grandes problemas.
Hermann Wendeburg
Foto: AHJFS enviada por Sylvio Zimmermann Neto
História:
- Esta área está inserida no centro histórico da cidade, pois se encontrava num dos primeiros lotes coloniais do Stadtplatz (centro da colônia). Coube à municipalidade, em contrapartida, a conservação e preservação desta área. Com o falecimento de Edith Gaertner em 1967, o imóvel foi incorporado à Fundação Casa Dr. Blumenau, criando-se uma casa-museu, a qual foi denominada “Museu da Família Colonial”. Incorporados a este patrimônio, estão o Horto Edith Gaertner, a Biblioteca Pública Municipal Dr. Fritz Mueller, o Arquivo Histórico Prof. José Ferreira da Silva, o Museu da Família Colonial.
O complexo museulógico compreende três casas-museu.
O Museu da Família Colonial foi aberto ao público em 1967. Ele tem exercido as funções de guardar e preservar a cultura material de diversas famílias, que moraram em Blumenau ao longo de sua história, interagindo com a comunidade.
Uma delas, construída em 1864, em verdadeiro estilo enxaimel serviu de residência ao comerciante e cônsul da Alemanha em Blumenau, Victor Gaertner e família. Sua esposa Rose Gaertner foi a fundadora do teatro em nossa cidade. A segunda casa, datada de 1858, é atualmente a mais antiga residência existente no Vale do Itajaí e serviu de residência ao imigrante alemão Hermann Wendeburg, que era secretário e guarda-livros do fundador da Colônia. Ali se encontram móveis e objetos dos primeiros moradores. A terceira casa museu foi construída no No início da década de 1900 em estilo germânico e serviu de morada para da família Gaertner. Com o falecimento de Hermann Wendeburg, sua casa foi adquirida pelo imigrante Paulo Schwartzer. Anos depois foi herdada pela filha Edith Schwartzer, a qual era casada com o Otto Rohkohl, cônsul da Alemanha em Blumenau (1919-1939). A última herdeira, Renate Rohkohl Dietrich, ciente da importância deste patrimônio para a história da cidade, doou este patrimônio à municipalidade em 1964 (Registro no 2º Tabelião de Notas, Livro 130, fls.144/145V), com usufruto. Foi tombada a nível estadual como Patrimônio Histórico através da Lei 1.294 de 29 de outubro de 1996. Localização: Alameda Duque de Caxias, 78 – Centro. Fonte: Historia de Blumenau. José Ferreira da Silva 2ª Edição - 1988
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WENDEBURG, Hermann, 31 anos, de Förste, filho de Wilhelm Wendeburg e Elise n. Hölmann, casou aos 08.11.1857 com Jenny Herbst, 22 anos, de Goldberg, filha de August Herbst e Auguste n. Rössel. Testemunhas: ? Hermann faleceu aos 13.01.1881.
Filhos:
F. Paul Eberhard Hermann Wendeburg * 17.02.1857
F. Clara Auguste Wilhelmine Wendeburg * 03.04.1860
F. Edith Julie Emmy Wendeburg * 02.08.1863
F. Anna Eugenie Alma Wendeburg * 05.03.1867
F. Hermann Oswald Wilhelm Wendeburg * 31.07.1870
Ele foi Cavaleiro da Ordem da Rosa.
A filha Clara casou com Joaquim José de Souza Filho, filho de Joaquim José de Souza Corcoroca e Angélica de Souza Corcoroca. Era juiz comissário em Joinville. Em agosto de 1877 morreu afogado ao atravessar um trecho alagado da Estrada em Itajaí, tendo o cavalo em que montava tropicado e caído. Foi empregado da Agência de Terras e Colonização.
O padrinho de batismo de um dos filhos foi um Eberhard Wendeburg – um irmão ?
Seu pai foi o primeiro diretor da Colônia Santa Teresa. VER – dados a seu respeito em “Reisen durch Sud-Amerika” de J. J. von Tschudi, vol. 3, pág. 407. Fazia parte da Comissão de engenheiros. Veio para Blumenau em Março de 1875. A estação de Blumenau foi inaugurada em 9 de julho de 1890. O primeiro agente telegrafista foi João Corcoroca (filho da Clara?).
- Fundação Casa Dr. Blumenau/Arquivo Histórico José Ferreira da Silva/Memorialista Niels Deeke/Marcos Schroeder/Adalberto Day
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WENDEBURG, Hermann, 31 anos, de Förste, filho de Wilhelm Wendeburg e Elise n. Hölmann, casou aos 08.11.1857 com Jenny Herbst, 22 anos, de Goldberg, filha de August Herbst e Auguste n. Rössel. Testemunhas: ? Hermann faleceu aos 13.01.1881.
Filhos:
F. Paul Eberhard Hermann Wendeburg * 17.02.1857
F. Clara Auguste Wilhelmine Wendeburg * 03.04.1860
F. Edith Julie Emmy Wendeburg * 02.08.1863
F. Anna Eugenie Alma Wendeburg * 05.03.1867
F. Hermann Oswald Wilhelm Wendeburg * 31.07.1870
Ele foi Cavaleiro da Ordem da Rosa.
A filha Clara casou com Joaquim José de Souza Filho, filho de Joaquim José de Souza Corcoroca e Angélica de Souza Corcoroca. Era juiz comissário em Joinville. Em agosto de 1877 morreu afogado ao atravessar um trecho alagado da Estrada em Itajaí, tendo o cavalo em que montava tropicado e caído. Foi empregado da Agência de Terras e Colonização.
O padrinho de batismo de um dos filhos foi um Eberhard Wendeburg – um irmão ?
Seu pai foi o primeiro diretor da Colônia Santa Teresa. VER – dados a seu respeito em “Reisen durch Sud-Amerika” de J. J. von Tschudi, vol. 3, pág. 407. Fazia parte da Comissão de engenheiros. Veio para Blumenau em Março de 1875. A estação de Blumenau foi inaugurada em 9 de julho de 1890. O primeiro agente telegrafista foi João Corcoroca (filho da Clara?).
- Fundação Casa Dr. Blumenau/Arquivo Histórico José Ferreira da Silva/Memorialista Niels Deeke/Marcos Schroeder/Adalberto Day
OBRIGADA !!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirLeio com frequencia a Coluna
Bettina - Alemanha
Parabéns, Adalberto, por homenagear Hermann Wendeburg, uma das figuras, ainda que não propositalmente, mais injustiçadas da história de Blumenau. Por algum motivo, no momento não estou conseguindo acessar o blog, mas tentarei novamente mais tarde. Nos longos períodos em que o Dr. Blumenau se afastava da colônia com o intuito de convencer mais pessoas a emigrar para o Brasil, Wendeburg foi seu diretor interino, e, segundo consta, cumpriu cabalmente todas as tarefas que assumiu. A Alameda Duque de Caxias, nossa Rua das Palmeiras, que já se chamou Rua Dr. Blumenau, no passado também já ostentou o pomposo, porém justo nome de Boulevard Wendeburg. Aliás, o próprio Dr. Blumenau, ainda que tenha dado nome à nossa cidade, deveria ter uma rua mais importante carregando o seu nome. Um grande abraço, Wieland
ResponderExcluirMeu Estimado amigo ADALBERTO DAY :
ResponderExcluirCom jubiloso prazer recebo a sua mensagem informando a inclusão, em sua meritória página histórica, da biografia de Hermann Wendeburg.
Justa, louvável e mui oportuna tal providência, vez que Wendeburg foi, sem favor algum, a segunda pessoa de maior projeção na história local.
Adiante faço constar alguns registros que, faz anos, compilei acerca do seu homenageado. Trata-se de seleções esparsamente recolhidas, ainda pendentes de correções, porquanto ainda constantes de meus alinhavos.
Parabenizando-o pela providencial disponibilização da biografia de Wendeburg, despeço-me
Cordialmente
Niels Deeke, em Bl'au - SC
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Excelente postagem, além de resgatar a memória de um benemérito de Blumenau, insere o leitor no espaço físico de sua cidade.
ResponderExcluirMuito legal a dica de como ensinar ao aluno a saber que é o patrono do logradouros antes de falar do município, assim conhece-se mais o valor dos homens que construíram a história da cidade.
Parabéns!
Mutio interessante,suas pesquisas históricas são bem completas!! Gostaria então de lhe pedir, uma reportagem sobre as rádios de blumenau das décadas de 40,50 e 60! E também do Cinema blumenauense, das produções e dos locias que existiam. Em relação as rádios, especificamente sobre as rádio-novelas, pois minha avó participou de uma destas, e gostaria de saber sobre a repercussão desta e de outros eventos culturais. Grato!
ResponderExcluirSim Adalberto!
ResponderExcluirMaravilhoso, como todos os seus posts!