segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

- Natal de outros tempos


Música de Natal se ouvia no rádio.
O rádio se tornava um companheiro fiel dos dias que antecediam o Natal. Entre os programas especiais com os anúncios de boas festas das casas comerciais da cidade, as canções natalinas embalavam o coração de um ouvinte em especial. Ainda na infância, o cientista social e professor aposentado Adalberto Day despertou a paixão de ser radialista. Hoje, aos 54 anos, ele não concretizou o desejo, mas mantém viva a paixão pelo rádio. Na casa onde mora com a esposa no Bairro Progresso, coleciona aparelhos das décadas de 1940 e 1970. - Naquela época, o Natal tinha mais calor humano. A espiritualidade era diferente. O sentido do Natal se perdeu, transformou-se em comércio. No passado, o rádio tinha uma contribuição decisiva. A radiodifusão começou em Santa Catarina dentro da Empresa Industrial Garcia, quando o diretor tocava músicas através de alto falantes. Estas transmissões deram origem à Rádio Clube - conta. O filho de operários da indústria têxtil, acostumou-se em receber presentes singelos na data. Mas muitos deles ainda são guardados por ele até hoje, como o Bilboquê de madeira e a miniatura do carro Ford de 1928, que ganhou no início dos anos 1970.

Doces natalinos chegaram antes do Dr. Blumenau:
A tradição dos doces de Natal remonta aos tempos que antecedem à própria fundação da cidade. Em 1848, dois anos antes da fundação de Blumenau, Hermann Bruno Otto Blumenau visita a região pela primeira vez, acompanhado de seu sócio Ferdinand Hackratt. E como chega ao anoitecer, pernoita na colônia de Peter Wagner, na região onde é hoje o loteamento City Figueiras, entre Gaspar e Blumenau. Nesse dia, o jantar é servido com guloseimas feitas para o Natal, entre elas, doces tradicionais. - Dr. Blumenau elogia os doces e confeitos saborosos em carta que envia aos seus pais na Alemanha e faz o relatório da primeira viagem - comenta o historiador Niels Deeke. - As primeiras levas de imigrantes de alemães que vieram para Santa Catarina, e se estabeleceram em São Pedro de Alcântara em 1829, já trouxeram em sua bagagem cultural o costume de fazer os doces e da limpeza no interior das casas para se estabelecer vida nova com o Natal - confirma a historiadora e responsável pelo Arquivo Histórico de Blumenau, Sueli Petry.
Antigas tradições

- Preparar doces de Natal em casa
- Enfeitar um pinheiro natural (Tannenbaum)
- Limpar a casa com semanas de antecedência
- Ir à missa do galo, celebrada à meia-noite, na passagem do dia 24 para 25 de dezembro
- Comemorar o Dia de São Nicolau (6 de dezembro)
- Desmontar a árvore de natal somente no Dia de Reis (6 de janeiro
Fonte: Carla Fernanda da Silva e Niels Deeke, historiadores
Parte do artigo publicado no Jornal de Santa Catarina do dia 24/12/2007 - jornalista MAGALI MOSER - Foto(s): GILMAR DE SOUZA

2 comentários:

  1. Quantas lembraças...
    Quantas saudades ...dos natais de nossa infância. Tudo era lindo, aguardavamos ansiosos, a espera de noite tão bonita. É bem verdade eramos pobres, mas ricos de vontade, de ver o bom velhinho, o présepio..e tudo. Hoje dispomos de tanta faciliadde, tanta tecnologia, tanto isso tanto aquilo...e pouco valor tem perante nossa infância. Mas entendo que pelo menos o sentido, a tradição são mantidas.
    um forte abraço

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  2. Sou de Blumenau a 35 anos moro no Rio de Janeiro e sinto muita saudade do natal em Blumenau
    De enfeitar o pinheiro e da noite de natal com a comida tipica de natal e principalmente dos doces que Minha mãe fazia muito antes sinto muitas saudades . Grata

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