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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

- Nossa Gente : Adalberto Day

TVL de Blumenau - Adalberto Day em entrevista com Vilmar Minozo Preciso colocar que no inicio onde falo duas ou três vezes 1946. 1948, entenda-se 1846 e 1848. Em 1846 chegam os primeiros moradores vindos do então Ribeirão Garcia lá de Camboriú.

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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

- Dalva e Adalberto Day na TV Galega

Dalva e Adalberto Day na Galega em fevereiro de 2012 -  Entrevista programa Galega na Sociedade, na casa de Dalva e Adalberto Day - Regina B. de Almeida

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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

- O Menino caiu na privada

 O Menino caiu na privada! 

Curiosidades do Reino do Garcia
Por Sérgio Cunha

Quando eu era criança, kkk, agora já me lembro daquele personagem da Escolinha do Prof. Raimundo, que dizia: “Quando eu era criança lá em Barbacena”, pois bem. Quando eu era criança lá no Reino do Garcia, nós morávamos na casa da minha avó, na Vila, próximo da Igreja Nossa Senhora da Gloria.

A casa da minha avó, como tantas outras da Vila, foram construídas pela Empresa Industrial Garcia e alugadas para as famílias de funcionários da empresa, por sinal, um aluguel bem modesto. Conforme já disse o nosso amigo e professor Adalberto Day, foram construídas mais de 200 casas desse modelo no bairro.

As casas eram simples, mas boas, com tamanho médio, a maioria delas, de dois pisos. Somente no piso superior, tinha quatro quartos. No início quando construíram as casas, o banheirinho foi construído separado do corpo da casa, como pode-se ver na foto abaixo.

Mais tarde, em uma segunda oportunidade, foi construída mais uma parte atrás das casas e nessa nova área foi incluído o banheirinho ao corpo da casa.

Esse banheirinho que se vê na foto, era dividido em duas partes. Uma parte servia para se tomar banho, onde as pessoas colocavam uma bacia grande, enchiam com água morna e se banhavam. Chuveiro, naquela época, (1945/1960), no nosso bairro, não existia. Então se esquentava a água no fogão a lenha.

A outra parte era o WC. Na verdade, essa sigla WC a gente não conhecia. Viemos a conhecer anos mais tarde. Se conhecia mesmo, pelo nome de “privada”, “patente”, mas, mais comum era dizer “casinha”. Às vezes uma pessoa procurava outra e então perguntava: Onde está o fulano? Alguém responderia: “O fulano está na casinha”.

Para construir a “casinha”, os pedreiros faziam um buraco no chão, rebocavam as paredes desse buraco com cimento e areia e depois alisavam bem esse reboco, que ficava assemelhando-se a uma cerâmica. Esse buraco em seguida era ligado através de uma manilha à fossa e ao sumidouro. Essa “casinha” tinha uns 80 centímetros de largura e de profundidade. A área de banhar-se, era um pouquinho maior.

Acima do buraco, os pedreiros colocavam tabuas para formar o assento que tinha no centro, um buraco de uns 25 centímetros, onde a pessoa sentava e aí......soltava a água, ou o “barro”. Após realizada toda a operação, jogava-se bastante água com um balde, tentando deixar o mais limpo possível. Porém, sempre alguns vestígios ficavam.

Pode-se observar na foto, que atrás de cada casa, havia o banheiro. Entre o banheiro de uma casa e de outra, existia um corredor de 1 metro de largura, por onde passava a tubulação de esgoto que, com certeza corria para o córrego da Vila e esse, corria para o ribeirão Garcia.

Um desses dias de 1956, a minha tia foi visitar suas cunhadas, a vó, etc...e levou meu primo que tinha na época uns 3 anos. Eu tinha então 5 anos. Elas, como de praxe, sentaram-se, e enquanto tomavam um cafezinho, já estavam tentando atualizar as “lives” . Eu e o primo aproveitamos então para brincar. Corríamos pra lá e pra cá, tanto dentro como fora de casa.

Lá pelas tantas, o primo disse que precisava ir na privada. Como ele era bem pequeno, eu disse a ele que poderia ensiná-lo a usar a privada, pois com todos os meus “anos de experiência”, estava mais do que apto a ajuda-lo. E lá fomos nós.

Eu disse a ele: Óh, a gente coloca um pé no lado do buraco e o outro pé, no outro lado. E ai manda ver. Ele subiu no assento e assim fez. Mas eu vi que o seu pé direito ficou muito afastado do buraco. Eu disse então: Não é assim! O teu pé ficou muito longe. Tem que ser mais perto, senão você fica todo torto. Ele deu aquele embalozinho para a esquerda, tentando levantar o pé direito e eu peguei no tornozelo dele para ajudar a colocar no lugar certo.

Porém, tudo aconteceu tão depressa, que enquanto ele levantava o pé, eu empurrava esse pé para colocar mais próximo do buraco. O problema é que o pé, passou da beirada, e já estava, portanto, na direção do buraco. E, aí, desceu. Desceu o pé, e o menino atrás. Totalmente dentro do buraco.

Saaannto Deus! Aí foi aquele gritêdo, aquele berreiro. O menino se assustou com a queda e também por estar em um lugar onde ninguém gostaria de estar. As mães e tias imediatamente correram para acudir, assustadas e também perplexas de como pôde acontecer aquela situação.

Retiraram o menino de lá, tentando acalmá-lo, pois chorava desesperado e providenciaram logo um bom banho visando eliminar possíveis contaminações, ao mesmo tempo que faziam aquele “inquérito” para entender como tudo foi acontecer. Acontecem sustos que marcam a memória da gente. Felizmente todos se salvaram. Uuuffaa!

Sérgio Cunha – 30/07/2020

As fotos das latrinas são somente ilustrativas. 

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