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terça-feira, 23 de junho de 2015

- Cuidado com as bicicletas!


Em histórias de nosso cotidiano, apresentamos o amigo Flavio Monteiro de Mattos (foto), carioca de nascimento e BLUMENAUENSE POR OPÇÃO”, contando um pouco de suas lembranças quando vinha do Rio de Janeiro visitar Blumenau, com sua família.


Cuidado com as bicicletas!

Esse era o alerta dado por meu pai quando o informava das minhas idas à Blumenau para visitar os parentes e pelo que lembro, era a primeira coisa que dizia toda vez que adentrávamos o estado de Santa Catarina, quando das nossas viagens com ele ao volante. 
Para ser fidedigno, as bicicletas começavam a povoar a paisagem pelo estado do Paraná e é bom que se diga que nessa época, transitávamos no asfalto somente entre o Rio e São Paulo e mais 60 km até Sorocaba, daí para frente, terra, lama e buracos!
Os caminhões eram os donos da estrada e os outros veículos somente davam as caras próximos às cidades. Joinville era a primeira das catarinenses onde as bicicletas proliferavam, seguindo-se Jaraguá do Sul e, evidentemente, Blumenau.
Lembro que quando chegávamos à cidade pela Rua São Paulo – época anterior à construção da BR 101 -, dependendo do horário, era certo trafegarmos por entre centenas delas, ciclistas homens e mulheres que iam ou voltavam das fábricas em mais um dia de trabalho.
As destinadas às mulheres não possuíam a barra transversal que unia a base do guidão ao selim, facilitando o acesso quando suas donas usavam vestidos ou saias. Contavam ainda com protetores de corrente e sobre o para-lama traseiro eram equipadas com uma espécie de rede que impedia as barras das vestimentas se enroscassem nos aros das rodas quando em movimento. Acessórios como bagageiro traseiro, espelhos e buzinas eram comuns.
Já as masculinas possuíam a tal barra e além do bagageiro traseiro, quando existia, podia-se transportar mais um passageiro sentado sobre ele. Não era nada cômodo, mas funcionava.
Sob sol ou chuva, estavam sempre presentes e não lembro ter presenciado ou ter notícia de acidentes envolvendo ciclistas, muito embora acontecessem. Roubo das mesmas eram ainda mais raros. Recordo que se podia registrá-las como se faz com os veículos e a Prefeitura emitia uma plaqueta para afixação no quadro.
Nas manhãs ou nos fins da tarde, as bicicletas tomavam as vias da cidade e não havia qualquer exclusividade para o deslocamento dos ciclistas, a não ser a civilidade!
Hoje, a bicicleta assumiu novo status. Continua a ser usada como meio de transporte, entretanto, adquiriu o glamour do lazer e nos grandes centros contando não somente com equipamentos como capacetes e luvas, como também ganharam faixas exclusivas para que os novos ciclistas se desloquem com mais segurança
A iniciativa foi importada de cidades como Paris ou Londres e não há como negar que a iniciativa foi um sucesso. Entretanto, não podemos nos iludir que tais metrópoles possuem um sistema viário integrado e uma malha viária que atende a população, realidades opostas diametralmente à nossa, além da educação dos motoristas de lá, que é um capítulo a parte.
Por aqui, nossos governantes tupiniquins inseriram as bicicletas e como somos o país do jeitinho, a nossa solução surrupiou um espaço das vias já apinhadas de veículos e o resultado que se vê, nos horários de picos de tráfego, são ciclovias desertas e ruas engarrafadas. 

Alguém levantará que a falta de segurança é o verdadeiro fator que inibe o uso maciço das bicicletas, - nos últimos meses se registraram no Rio de Janeiro, vários casos de roubo seguido de morte.

Sugerirão alguns sobre por que não se adota a solução que Blumenau adotou no passado, quando as bicicletas tinham placas de identificação e a resposta é muito simples: se qualquer prefeitura regulamentar essa prática, ou qualquer outra, serão obrigadas prestar a reciprocidade, ou seja, policiar e coibir o roubo, responsabilidade que qualquer prefeito não quer nem de graça. Preferem, como o do Rio, se valer do famigerado pacto federativo de mil e novecentos e antigamente e lavar as mãos como Pilatos, enchendo o peito para dizer que o problema da segurança é do governo do estado!

Francamente! Vivemos em cidades - ou municípios -, e o conjunto deles formam os estados, que não passam de uma mera abstração política/geográfica. Vide o caso de Paraty, que durante anos integrou o estado de São Paulo e hoje em dia é carioca. A própria cidade do Rio de Janeiro foi, durante anos, a capital do estado da Guanabara e por conta de um simples decreto deixou de existir, incorporando o estado do Rio de Janeiro, cuja capital era a cidade de Niterói.
Esse arcaico pacto federativo estabelece que é de responsabilidade das prefeituras oferecer aos cidadãos serviços como saúde, educação, habitação, etc., etc, aos estados cabe a segurança, etc., etc, e à união, etc., etc.

Tal esquartejamento de responsabilidades enseja o famoso jogo de empurra e via de regra, o governo federal, situado no final da linha, quem paga a conta da inércia de atitude que hoje vivenciamos.
Quem sabe do que acontece na vida cotidiana das cidades, seus problemas e as soluções são as prefeituras. Que o estado e a união fiquem com as políticas globais.
Como dizia o Tim Maia, Chama o síndico!, mas até que eles deem as caras, não custa relembrar o alerta do meu pai, em Blumenau, no Rio ou em qualquer cidade: Cuidado com as bicicletas!
__________________________
Adendo de: José Geraldo Reis Pfau
Relatório da Prefeitura de Blumenau ano de 1965
BLUMENAU DE BICICLETA
1965 - O Prefeito Hercilio Deeke em seu relatório dos negócios administrativos do ano, encaminhado a Camara de Vereadores - apresentava as ações de sua gestão. São documentos do Arquivo Histórico de ano a ano na gestão daquele administrador.  Eram dados de todos os setores da vida da comunidade como da economia, da educação, da agricultura, da saúde, obras, investimentos etc. Constam no documento que em 1965 eram 42.000 as bicicletas nas ruas de Blumenau.
Há 50 anos (junho 2013), portanto rodando na mesma malha básica de ruas de hoje, se considerarmos os corredores principais.

Movimentavam-se ainda o transito da cidade mais 235 motocicletas, 622 motonetas (Lambretas e Vespas). Essa quantidade de veículos de duas rodas intensificava o transito no transporte dos moradores somados com 114 ônibus, mais 2.211 automóveis particulares, 108 automóveis de aluguel (taxi), 226 jipes e 537 caminhões. É importante ressaltar que as bicicletas eram o transporte da família. Marido e esposa usavam diariamente para se deslocar de casa para o trabalho. As garagens de bicicletas nas indústrias blumenauenses eram grandes espaços cobertos. O relatório do Prefeito registra ainda que o salario mínimo em Blumenau em março de 1965 era de Cr$ 60,000,00 (sessenta mil cruzeiros). Já no recenseamento feito em 1960 consta que 67.092 era os habitantes, sendo 64 mil na cidade e 3 mil na zona rural (Itoupava). E 13.733 eram os domicílios no mesmo ano 60. Num exercício podemos afirmar que 70% da população tinham a sua bicicleta e que em cada casa teria três bicicletas.

Texto/Flavio Monteiro de Mattos
Acervo: Internet/ José Geraldo Reis Pfau e Adalberto Day
Junho 2015

terça-feira, 16 de junho de 2015

- 1º Ginásio coberto de SC

 TURNVEREIN  BLUMENAU - ASSOCIAÇÃO GYMNASTICA BLUMENAU
Por Carlos Braga Mueller/Jornalista e escritor
Blumenau sempre deu bons exemplos, tanto na área da indústria têxtil como na produção de laticínios, produtos da lavoura, fundição de ferro e aço, instrumentos musicais, etc, ou seja uma capacidade empresarial que transformou-se em marca registrada do Município.
O que nem todos sabem é que também no universo da ginástica olímpica os frutos foram muitos, e bem plantados desde cedo. Mas não tão conhecidos como nossos artigos industriais.
Tanto que uma associação, reunindo interessados na prática da ginástica olímpica, teve duração de quase 70 anos no município de Blumenau, funcionando de 1873 a 1942.
Isto, muito antes do megalomaníaco Adolf Hitler ter nascido ou implantado na Alemanha o ideal de uma raça superior, pautada pelos exercícios da ginástica olímpica. Os blumenauenses já entendiam que “mens sana in corpore sano” ( mente sã em corpo sadio)  era muito importante.
Quem se incumbiu da difusão da ginástica olímpica, do esporte e jogos em geral, principalmente do punhobol, chamava-se Turnverein Blumenau – Associação Gymnastica Blumenau (na grafia do Século 19), fundada no dia  5 de outubro de 1873, embora seu estatuto só tenha sido registrado oficialmente em 1º de agosto de 1904.
Entre seus objetivos também estavam, além do intercâmbio esportivo, atividades sociais e culturais.

COMO FUNCIONAVA A TURNVEREIN BLUMENAU
Sociedade dos Atiradores
A vontade de praticar a ginástica olímpica e os demais esportes era grande.
Assim, as coisas foram sendo improvisadas.A ginástica era praticada no Salão da Sociedade dos Atiradores, que hoje se transformou no requintado Tabajara Tênis Clube.

A Diretoria reunia-se no antigo Hotel Gross, que não existe mais.
E as assembleias para os associados aconteciam no Teatro Frohsinn, espaço bem mais amplo.
Quem podia associar-se: cidadão ou cidadã de reputação “imaculada”, a partir dos 14 anos, embora só pudessem participar da diretoria depois de completar 21 anos.
Cobrava-se uma jóia de 5 mil réis que podia ser reduzida para até 2 mil réis.
A sociedade sobrevivia das mensalidades, festas populares, apresentações teatrais e esportivas, e bailes.
PIONEIRISMO
Coube à Associação Ginástica Blumenau algumas ações que lhe conferiram  a condição de pioneirismo.
Primeiro pioneirismo: Corpo de Bombeiros Voluntários
12 de fevereiro de 1887 – Por iniciativa do associado Franz Lungershausen coube à Associação Ginástica a formação de um Corpo de Bombeiros Voluntários em Blumenau.
A bomba extintora foi construída por Bruno Hindlmeyer, dono de uma fundição de ferro e caldeiraria de cobre.
O jornal daquela época, o “Blumenauer Zeitung”, publicou a respeito:
     “Lungershausen merece os louvores e agradecimentos da população pela iniciativa e por ter adquirido às suas expensas a bomba extintora. Queira Deus que tanto o Corpo de Bombeiros como a Bomba Extintora nunca tenham que entrar em ação em nossa cidade.”
Segundo pioneirismo: 1º time de futebol
Turnverein
Em pé: Cramer, Bruno Hindelmeyer, Fischer, Franz Blohmann, Oswaldo Hindelmeyer, Felipes Brandes. Agachados: Kugler, Alfredo Eicke e G.A. Koehler
A imagem é rara e mostra apenas nove jogadores Turnverein. Faltam na imagem dois atletas que ficaram fazendo as honras para os visitantes alemães, que realizaram a primeira partida em Blumenau  
O primeiro time de futebol de Blumenau foi fundado pela Associação Ginástica por volta de 1910, (realizavam seus primeiros jogos com jogadores empregados da Empresa Industrial Garcia – Jogadores do Garcia que depois se tornaria o Amazonas}.
O primeiro jogo em Blumenau com equipe realmente formada foi no dia 26 de março de 1911 – no pasto do hotel Holetz contra um grupo de alemães – Imperial Esquadra Alemã – (conforme registros no jornal Der Urwaldsbote da época era um domingo a tarde e o jogo foi vencido pelos alemães por 5X2.).

Os marinheiros vieram a Blumenau onde encontraram pessoas que falavam sua língua, o que lhes deixou bastante a vontade. O time de fora jogou com apenas 10 jogadores, pois um permanecera no navio. Mesmo assim, Blumenau perdeu.  Os jogos eram realizados nos finais de semana, próximo ao hotel Holetz, atual Grande Hotel (nos fundos do Hotel onde hoje é a casa do Comércio).
Terceiro pioneirismo: Primeiro ginásio coberto de Santa Catarina
Em 3 de agosto de 1924 foi inaugurado com festa popular o prédio sede da Associação Ginástica de Blumenau na rua que seria batizada de Pandiá Calógeras. À noite houve baile no imenso salão que servia para a prática de ginástica, teatro e dança.
(o prédio ainda está lá, mas sendo deteriorado pelo tempo e pela falta de manutenção, conforme denúncia publicada no Jornal de Santa Catarina do dia 9 de junho de 2015.)
FATOS MARCANTES NA TRAJETÓRIA  DA ASSOCIAÇÃO GINÁSTICA BLUMENAU
Nesses quase 70 anos de existência, os fatos que marcaram a  da sociedade foram centenas, talvez milhares. Vamos relacionar alguns, que ficaram marcados profundamente na sua história.
17/05/1901 – Acontece um protesto de alguns associados, contrários a uma apresentação para o Governador Felipe Schmidt, que visitava Blumenau (vá se entender de política do início do Século XX...)
03/10/1908 – 24 atletas escalam o Morro do Spitzkopf. À noite houve queima de fogos de bengala de luz vermelha e verde que foram vistos na cidade, confirmando assim que os alpinistas haviam chegado bem ao topo mais alto de Blumenau, onde pernoitaram.
1910 – É formado o primeiro time de futebol de Blumenau.
Gestão de G. Arthur Koehler – como presidente a partir de 1896, ministrou aulas de ginástica. E mesmo sem saber nadar, deu aulas de natação! Exerceu o cargo por várias gestões. Durante seu mandato por duas vezes uma delegação de ginastas blumenauenses esteve na Alemanha participando de competições de atletismo.
Uma significativa homenagem a Blumenau: a Bandeira da Associação Ginástica desfilou em Leipzig em outubro de 1913, nas comemorações do centenário da “Batalha dos Povos” (quando os exércitos europeus venceram as tropas de Napoleão em 1813). Pela participação, a Bandeira foi agraciada com uma plaqueta de prata.
1915 – Primeira grande competição esportiva com a participação de outros municípios, como Brusque, São Francisco do Sul e Joinville.
1917 – A Sociedade adquire da Escola Nova (depois Pedro II) uma área com 11.383 m2. Em 1924 adquire mais 840 m2, destinados á construção da sede.
Outubro de 1921 – É realizada grande festa popular para obter fundos para a construção da sede própria. A festa rendeu 1.500$000.
Maio de 1922 – A Diretoria apresenta o projeto e as plantas da sede.
15/10/1922 - É lançada a pedra fundamental do prédio que servirá de sede.
03/08/1924 – É inaugurado o prédio, de grandes proporções. Festa popular, ginástica em barras e  cavalo e ginástica rítmica, além de baile marcam o evento. É o primeiro ginásio coberto do Estado.
Foto: Acervo de Eduardo Fortunato Machado
Acervo Dieter Altemburg
1930 – A Associação atinge o número de 300 associados.
28 e 29 de outubro de 1933 – Acontecem os festejos dos 60 anos com apresentações de ginástica, teatro e baile.
1938 – Getúlio Vargas implanta o Estado Novo e com ele se segue a “nacionalização” das regiões colonizadas por alemães e italianos em Santa Catarina.
1939 - Uma forma de afastar professores que ministravam aulas de ginástica em alemão foi arrendar o prédio para abrigar o 32º Batalhão de Caçadores (depois 23º RI, hoje 23º BI), que acabava de chegar a Blumenau. Embora os soldados tenham permanecido no local apenas 3 meses, de abril a julho de 1939, a Associação sedimentou fortes laços de amizade com os militares, homenageando-os em várias competições que se seguiram.
11/05/1942 – A Sociedade Ginástica Turn Verein é fechada por ordem de Nereu Ramos, Interventor Federal em Santa Catarina.
Em 28 de janeiro de 1942 o Brasil havia rompido relações diplomáticas com a Alemanha, Itália e Japão. Submarinos alemães começaram a afundar navios mercantes brasileiros. A declaração de guerra estava por um fio, o que aconteceu em agosto de 1942, quando o Brasil declarou guerra às nações do Eixo.
Habitantes de Santa Catarina, de origem alemã, especialmente os de Blumenau e do Vale do Itajaí, eram confundidos com espiões alemães.
Perseguições foram feitas aos habitantes de nosso Município, muitos apenas descendentes de alemães, ou seja, já nascidos no Brasil.
Igrejas e escolas evangélicas foram fechadas, associações esportivas e culturais cerraram as portas, nomes alemães foram banidos da denominação das entidades e associações. Com o Turnverein  Blumenau não foi diferente, foi até pior porque deixou de existir.
Imagem MRoeck Rock - Antigamente em Blumenau
Imagem Dieter Altemburg
O prédio sede e a grande área que lhe pertenciam foram incorporados à Escola Pedro II, a qual, por assembleia realizada no dia 8 de junho de 1942, foi doada ao Governo do Estado, passando a integrar a rede estadual como Grupo Escolar Modelo Pedro II.

De lá para cá, cabe ao Governo do Estado a manutenção.
Tombado pelo Patrimônio Histórico, o prédio foi reformado pela última vez em 1985.
Atualmente (junho de 2015) está interditado pelo Corpo de Bombeiros em virtude da precariedade do telhado e instalações.
Com isto deteriora-se não só um prédio histórico, mas também um pouco da historia de Blumenau.
Grande parte das informações contidas neste artigo foram obtidas pesquisando a obra  “Blumenau – Arte, Cultura e as Histórias da sua Gente”, editada em 4 volumes pela saudosa historiadora Edith Kormann (Carlos Braga Mueller).
Primeira fila da (E) para a (D): Eleonere Schloesser, Gisela Walthers, Erica Martins, Frieda Martins, Gisela Schutt, Claudia Deschamps, Elisabeth Rabel, Augusta Koelbel, Charlotte Stoeckel, e bem a direita um pouco afastada, Matilde Frischknecht. Na fila do meio: Ilka Gropp, Irmgard Wilheim, Renate Stamm, Ethel Blank, Lisolette Schossland, Eleonore Müller, Margot Blank, Brigitte Schmidt, Ursula Kubitzki, e A. Albrecht, - na terceira fila : Jutta Pape, Hertha Huscher, Soleica Kretzschmar, Margit Doering, Alice Bartsch, Gerda Pape, Ursula Doering, Ilka Stein, Ilse Weber, C. Roedel, Gerda Huscher, Edith Leder, Erna Brueckheimer, e Hulda Koelbel.
1941 - Último grupo de ginastas da Associação Ginástica Blumenau, que em 1942 foi fechada pelo governo.
(foto Revista Blumenau em Cadernos, Tomo 21, nº 7) – Julho de 1980.
Fotos identificadas na legenda.   
Adalberto Day/Cientista social e pesquisador da história/Colaboração especial do Jornalista e Escritor Carlos Braga Mueller. 

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