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terça-feira, 30 de outubro de 2012

- O Aeroporto que Gaspar...e Blumenau, um dia perderam!

O AEROPORTO QUE GASPAR ... E BLUMENAU,  UM DIA PERDERAM !...

Mais uma bela colaboração de Carlos Braga Mueller/Jornalista e escritor, onde relata sobre “O Aeroporto que Blumenau perdeu”.




Por Carlos Braga Mueller





UM SONHO: O AEROPORTO INTERNACIONAL DE  BLUMENAU

Em 1949 começou a ser construído o aeroporto de Itajaí, situado à beira da margem direita do Rio Itajaí Açú, tendo por limite, do outro lado, a Rua Blumenau. O aeroporto foi batizado de Salgado Filho, nome que hoje já identifica outro aeroporto, o de Porto Alegre.
Em setembro de 1952 foi inaugurada a Estação de Passageiros daquele aeroporto, nominada Presidente Vargas, cuja placa foi descerrada pelo então Prefeito de Blumenau, Hercílio Deeke.
              Antigo aeroporto de Itajaí, com duas pistas, em forma de cruz.
Era por ali que, já naqueles tempos, os blumenauenses embarcavam para suas viagens aéreas.
Para avaliar a importância que na época o transporte aéreo significava para nossa região, existem registros de que a construção do aeroporto de Itajaí foi em parte subsidiada pela Prefeitura de Blumenau. Em 27 de dezembro de 1949, o Prefeito blumenauense Frederico Guilherme Busch Jr. assinou a Lei n° 98, concedendo um auxilio de Cr$ 10.000,00 para a construção do "Campo de Pouso" em Itajaí.
                                   Aeroporto Salgado Filho em Itajaí  (Foto: autor desconhecido)
 Com o correr dos tempos o aeroporto de Itajaí foi ficando acanhado. Novos aviões precisavam de pistas maiores, embora ele tivesse duas pistas, em forma de cruz. Houve casos em que, ao decolar, cercas que delimitavam a cabeceira da pista foram arrancadas pelos pneus do trem de pouso da aeronave.
Primeiro voo da companhia aérea Varig a chegar em Itajaí em 1959. A Varig tinha voos para Porto Alegre e São Paulo (Foto : autor desconhecido)
Foi então que alguns homens públicos, juntamente com empresários da nossa região, começaram a pensar em um novo local para sediar um aeroporto que, além de grande, pudesse atender tranquilamente Blumenau e todo o Vale do Itajaí.
   
A AÇÃO DE UM HOMEM PÚBLICO 
Hercílio Deeke, eleito duas vezes Prefeito de Blumenau (1951/1956 e 1961/1966), eleito também deputado federal em 1955, licenciou-se do mandato para exercer as funções de Secretário Estadual da Fazenda de Santa Catarina (31/01/1956 a 30/06/1960).
 Seria o principal articulador da construção de um novo aeroporto para o Vale do Itajaí.
Depois de estudos, foi encontrado um terreno ideal para se construir um aeroporto de nível internacional:  na margem esquerda do Rio Itajaí Açu, correndo paralelo ao centro urbano de Gaspar.
Existia, porém, um obstáculo: como chegar ao futuro aeroporto, do outro lado do rio?
Graças aos esforços de Hercílio Deeke, o Governo Estadual construiu ali uma ponte, depois batizada "Ponte Hercílio Deeke", que lá está até hoje, servindo a comunidade gasparense.

O projeto era na verdade audacioso, e em Florianópolis Deeke  desenvolvia as tratativas e os estudos técnicos para a implantação do aeroporto em Gaspar, em uma área que possibilitaria a construção de uma pista de até 3.800 metros.
Enquanto isso, Dorval Pamplona, prefeito de Gaspar também se movimentava.
O "Projeto Gaspar" ia de vento em popa e o prefeito daquele município, em 29/04/1958, enviou correspondência ao Ministério da Aeronáutica pedindo que fosse efetuado o levantamento da área, visando à execução do futuro aeroporto e a assinatura do respectivo convênio.
 Em 14 de novembro de 1958, o prefeito Dorval Pamplona, assinou a Lei n° 141/58, "declarando de utilidade pública, para fins de aquisição amigável ou judicial, áreas de terras destinadas à construção  e ao aproveitamento do Aeroporto de Gaspar."
Neste documento estavam relacionados  27 terrenos, cujos proprietários foram indenizados pelo Governo do Estado e realocados em área próxima à margem do rio. 

E  O AEROPORTO  PERMANECEU EM ITAJAÍ 
Mas enquanto as forças políticas e da comunidade de Blumenau e Gaspar se movimentavam para a efetiva construção do aeroporto na margem esquerda do Rio Itajaí Açú, distante apenas 15 quilômetros de Blumenau, em Itajaí forças idênticas se articulavam para manter o aeroporto naquela cidade.
Um novo local foi mapeado, no então bairro, hoje município de Navegantes. Na verdade, houve apenas a sua transposição para o outro lado do rio. Espremida entre o mar e o Rio Itajaí-Açú, a área foi então, segundo alguns na "calada da noite", homologada pelo Ministério da Aeronáutica, definindo oficialmente o novo  aeroporto de Itajaí, na praia de Navegantes, em detrimento ao de Gaspar/Blumenau.
                  Aeroporto de Navegantes, espremido entre o mar e o rio.

Hoje, o aeroporto ostenta o nome de Ministro Victor Konder, porque foi no mandato deste ilustre catarinense como Ministro da Viação e Obras Públicas que foi implantada a aviação comercial no Brasil.
Para não construí-lo em Gaspar foram arrolados vários problemas, muitos morros ao redor, excesso de neblina causada pelo rio, e por aí afora ....
Ato consumado, ficamos a ver navios (no verdadeiro sentido da palavra) e só restava arquivar o nosso projeto e lamentar a decisão do Governo Federal. 

Em 1970 o Aeroporto Salgado Filho de Itajaí foi finalmente desativado e o local ocupado pela CELESC.
Uma das últimas personalidades a utilizá-lo foi a Miss Brasil 1969,  blumenauense Vera Fischer que, depois da vitória, foi ali recepcionada com palmas e foguetes.
A partir de então, para chegar até Navegantes os passageiros deviam fazer a travessia em balsas. Ou então acessar o novo aeroporto pela BR-101, seguindo depois por estrada de barro até Navegantes, o que só seria melhorado muitos anos depois inclusive com a construção da BR-470, pela qual os blumenauenses seguem agora direto para Navegantes.
Hoje, sob a administração da INFRAÉRO, já existe projeto para a construção de uma nova pista em Navegantes. O aeroporto ficou pequeno para receber aeronaves mais possantes.
Se ele estivesse situado em Gaspar, a pista poderia se estender até 3.800 metros!
E nós teríamos um aeroporto internacional  aqui pertinho!
  
Registro: para a elaboração deste trabalho foram fundamentais as lembranças e "Memorabilia" do Memorialista blumenauense Niels Deeke, ao qual agradecemos pela colaboração (Carlos Braga Mueller).  

terça-feira, 23 de outubro de 2012

- O Balseiro Basílio de Negreiros

BASÍLIO CORREIA DE NEGREIROS

Mito histórico?
José E. Finardi

A um folheto que nos chegou às mãos, em copia Xerox e com a solicitação de analisá-lo, não pudemos nos furtar à obrigação de, estudiosos que somos do assunto, fazer algumas considerações, baseados nos próprios elementos em que Mestre Frei Stanislau Schaette se baseou, sobretudo contraditórios em diversos pontos fundamentais. Se não vejamos:

“O Velho Basílio Foto), por 30 anos, foi companheiro fiel do Engenheiro Odebrecht, etc.” Nada mais inconsistente. É que, pela “Fé de Ofício” que juntou ao requerimento pedindo sua aposentadoria como Engenheiro do Distrito da Repartição Geral de Telégrafo, se infere que Emílio Odebrecht, dos 35 anos de sua atividade, esteve a serviço da Colônia Blumenau, encarregado da medição de lotes coloniais, de janeiro de 1861 a setembro de 1865, seguindo-se um ano como Voluntário na Guerra do Paraguai, mais sete meses na Colônia D. Pedro e até 1877, na exploração do Alto Itajaí e com a estrada Blumenau-Curitibanos, não ultrapassando 15 anos. É de frisar que, nas três expedições empreendidas pelo Engenheiro Emilio Odebrecht, visando a exploração das cabeceiras do Rio Itajaí-Açu, no Planalto: a primeira iniciada em fevereiro de 1863, a segunda em maio de 1864 e a terceira no mesmo mês de 1867, esta com sucesso, via Curitibanos, nos apontamentos diários que esse Engenheiro fez relatando as três excursões, referiu-se às turmas que o acompanharam, sendo uma alemã e outra brasileira. Dessas turmas fizeram parte elementos de inteira confiança do explorador, por ele escolhidos, não integrando qualquer delas Basílio Correia de Negreiros que, a esse tempo (1867), ainda permanecia homisiado em Rio Morto. Aliás, já em 1865, Basílio Correia de Negreiros se homisiara em Rio Morto, então inóspito, com outras 35 famílias num total de 224 pessoas, todos brasileiros, vindos de Itajaí, Armação, Camboriú e Porto Belo, que aí se havia refugiado a fim de subtrair-se à convocação compulsória ordenada pelo Governo Imperial, visando reforçar as Forças que atuavam no Paraguai.
“No mês de maio de 1871, informa Frei Schaetter, o então vigário de Blumenau Pe. Guilherme Antonio Maria Roemer, subindo o Rio Itajaí Açu, visitou todas as famílias o Rio Itajaí-Açu, visitou todas as famílias católicas brasileiras, encontrando entre elas “Basílio Correia de Negreiro, onde o Padre costumava pousar.” E continua Frei Schaetter, “Em 1874, dias 20 a 27 de janeiro, o Padre João Maria Cybeo, missionário jesuíta de Nova Trento (substituindo o Padre Roemer que deixara a Colônia) “pregou as Santas Missões em casa do Sr. Basílio Correia de Negreiro, no Rio Morto. Por isso recebeu esta morada o nome de “Casa das Missões”.

Basílio Correia de Negreiros, depois da enchente de 1880, mudou-se para Aquidabam, entre a localidade de Morro Pelado, no local onde desemboca um ribeirão que, por esse motivo, levou o nome do primeiro morador: “Ribeirão Basílio.”.
Em 1888, dia 16 de julho, sua filha Marcolina Maria Corrêa, consorciou-se com Firmino Garcia de Almeida, ela então residente com seus pais em Aquidabam, ocorrendo o mesmo com a filha BENVINDA BASILIA, casando-se em 15 de MAIO DE 1894 com João Francisco de Carvalho, tudo conforme registro paroquial em Blumenau termo de matrimônio nº 48.
Do acima exposto se conclui que Basílio Correia de Negreiros somente depois de 1894 é que se teria mudado para o Rio do Sul, onde já havia balsa, então a cargo de Vicente Leite, no entanto.
O primeiro balseiro, no entanto, foi KARL SCHROEDER, que iniciara a passagem no Braço do Sul, no mesmo lugar onde hoje se encontra a Ponte Curt Hering. Esta primeira balsa era de construção rústica, muito primitiva e fora autorizada pelo Dr. José Bonifácio da Cunha, presidente do Conselho da primeira Intendência de Blumenau, por indicação de Gottlieb Reif, consoante se desprende da Ata da Reunião do Conselho, realizada em 3 de março de 1890, logo após os tumultuosos acontecimentos de 7 de janeiro de 1890, quando foram dissolvidas pelo Governador interino Tenente-Engenheiro Lauro Severiano Müller e, criadas em substituição, as Intendências Municipais. Desta primeira Intendência fazia parte como Conselheiro Gottieb Reif, o qual, já desde 1888, era contratante de alguns trechos do picadão para cargueiros e cavalheiros entre Rio dos Bugres (hoje Apiúna) e a Região Serrana, então denominado Blumenau-Curitibanos, inclusive primeira balsa sobre o Braço do Sul.

Esta balsa, devido às suas condições precárias, era utilizada para a passagem das mercadorias e arreios das alimárias e estas o faziam a nado. Quando o nível do rio permitia, a travessia era feita um pouco acima, à vau e no raso que viria mais tarde a ser conhecido como o raso da Xarqueada.

KARL SCHOEDER, vindo de Aquidabam, no entanto, apenas serviu durante sete meses, vitima que foi de uma emboscada dos índios, obrigando-o e a seu filho de 10 anos, a refugiar-se no pouso da Pastagem (atual Agronômica), de onde regressaram encontrando seu barraco destruído e seus pertences roubados, inclusive 3 porcos e 3 cachorros. Abandonou, então, as lavouras que fizera, regressando a Apiúna e a travessia ficou sem balseiro até que mais tarde foi assumida por Vicente Leite.

Basílio Correia de Negreiro era filho de FIRMINO CORREIA e ROSA LAMIN. Consoante o livro Nº 1, de Batizados da Paróquia de Blumenau, termo nº 24, lavrado em latim, pelo Pe.Carlos Borgershausen, vigário de Joinville e que em 1874, atendia a Capela abandonada de Blumenau, consta que “BASIL” (sic) nascido em 14-9-1873 foi batizado em 24 de janeiro de 1874, filho esse que em 14-3-1914 casou com Maria Caetana Maurício, na paróquia de Rodeio, matrimônio realizado pelo então jesuíta de nova Trento Pe. Cybeo.
O mesmo consta no batismo de João Basílio Correia, termo nº 111, nascido em 25-6-1877 e que em 25-8-1903 casou com Paulina Leite, de 19 anos, residente em Trombudo, sendo avós paternos FIRMINO CORREIA e ROSA LAMIN. Esta filiação de Basílio Correia de Negreiros consta nos demais oito filhos do casal, a saber:
FRANCISCO, nascido em 24-7-1876, batizado na Capela de Rio Morto; JOSÉ, nascido em 1879 e que em 10-11-1900 casou com Antonia Maria do Rossio, de 18 anos, natural de Blumenau, termo nº 59; CARLOS BASÍLIO, nascido em 4-11-1879 (fal. Em 15-9-1963) e que em 31-12-1900, em Barra Velha casou com Engrácia Maria do Rosário, nascida em 18-1-1892 e falecida em 4-1-1972; MARCOLINA MARIA, nascida em 1870 e que em 16-7-1888, com 18 anos, natural de Itajaí, casou com Firmino Garcia de Almeida, com 24 anos e natural de Curitibanos; BENVINDA BASILIO, nascida em 4-3-1875 e que em 15-5-1894 com 19 anos, casou com João Francisco de Carvalho, natural de porto Belo; Manoel, nascido em 31-8-1901 e falecido em 4-7-1955 e ainda MARIA e BENTO.

Como vimos, Basílio Correia de Negreiro não foi o primeiro balseiro. É que, com a não efetivação por parte de José Beje de Siqueira e seus genros José Antônio da Cruz e Antônio Bernardo, contratados pelo Dr. Blumenau, em fins de 1879, para o estabelecimento de uma balsa sobre o então denominado Braço do Sul, onde o mesmo intencionava fundar um povoado que antecipara com o nome de HUMAITÁ, só em 1890, já em pleno regime republicano é que KARL SCHROEDER, conforme relatamos, serviu de primeiro balseiro, atendia esta balsa, em virtude do seu malogro, por VICENTE LEITE, seguindo-se então Basílio Correia de Negreiro, como terceiro balseiro.
BASÍLIO CORREIA DE NEGREIROS também não foi o primeiro morador do rio do Sul. Conforme, a seguir, relataremos coube esta primazia a AUGUSTO ZIRBEL e JACOB HEUSER e logo depois VICENTE LEITE e seus filhos.
Conforme já salientamos o assento de matrimônio nº 48, da filha Benvinda Basília, casando em 15 de maio de 1894 dá Basílio Correia de Negreiro, nesse ano, como residente em Aquidabam, atual Apiúna.

Ademais, em “Relíquias Históricas” o dedicado historiador Riosulense VICTOR LUCAS dá especial ênfase a um documentário de “Francisco Frankenberger – 1891 – abrangendo anotações que se referem desse ano até dezembro de 1900”.
Este documentário, destaca o competente pesquisador, abrange dez anos de vivência no sertão do Alto vale do Itajaí, atual Município do Rio do Sul, lugar onde se abriu no ano de 1892, a primeira brecha numa espessa floresta que cobria toda esta vasta região, apenas cortada por um estreito picadão, aberto, no ano de 1867, pelo agrimensor
Imagem - Sônia Baier Gauche

Emílio Odebrecht (Foto), ligando Blumenau ao Campo. Esta brecha marcou o início da colonização do atual Município do rio do Sul, e teve como colono pioneiro AUGUSTO ZIRBEL, que se fixou naquele ano, às margens do braço do Sul, nas imediações da atual Albertina. É, portanto, uma data histórica, hoje plenamente documentada por Francisco Frankenberger que veio, com o seu diário, confirmar por Francisco Heuser, filho de Jacob Heuser, o segundo pioneiro a fixar-se ao lado de Augusto Zirbel, no ano de 1893, verbalmente me legara”.

“Todas as notícias deste relatório foram tiradas dos Livros Oficiais da Paróquia de Rodeio”.

Possuímos cópia Xerox de TODO o arquivo d Paróquia de Rodeio, desde a data em que aí se fixaram os Franciscanos, sucessores do Pe. José Maria Jacobs, inclusive os escritos deste último e mais as extensas crônicas “In Domine” em língua latina, que traduzimos e a em idioma alemão, que mandamos traduzir, o que de quase tudo fiz entrega ao Arquivo Histórico da “Casa Dr. Blumenau”.
Desse arquivo não constam os informes tais quais Frei Stanislau Schaette os consigna, a maioria ocorridos há mais de 50 anos atrás, possibilitando, assim, as distorções muito compreensíveis dadas à distância do tempo decorrido.
BASÍLIO CORREIA DE NEGREIROS era homem austero, muito piedoso, extremamente devotado á religião católica e pode, com justiça, ser tido como o iniciador do catolicismo na antiga Colônia Blumenau, exceção de Gaspar, onde havia capela independente, construindo a primeira Capela católica em Rio Morto, onde, no seu retiro forçado, dirigiu, conjuntamente com Manoel Salvador Henrique do Nascimento, mais conhecido por Maneca Salvador, como líder católico, as 35 famílias ali refugiadas até 1871, quando Dr. Blumenau as encontrou e lhes respeitou a posse, medindo e doando um lote para cada uma e nomeando o respectivo Inspetor de Quarteirão, na pessoa de Laurentino José de Andrade que, além de manter a ordem era encarregado de declarar os nascimentos e óbitos nos registros da Colônia.
O jornal “NOVIDADES” de Itajaí, nº 255, de 18 de abril de 1909, noticiou o falecimento do venerado ancião, ocorrido no dia 4 de abril, com 85 anos de idade e seu sepultamento se deu no dia seguinte, com missa exequial de corpo presente, celebrada por Frei Stanislau Schaette, e com grande afluência de pessoas da localidade, que o tinham como seu líder religioso.

Adendo: Rolf e Renate S. Odebrecht, Blumenau.

Caro Adalberto Day. Parabéns por ter trazido o artigo de José Escalabrino Finardi, pesquisador que muito respeitamos, artigo este que reascende o interesse pelos primórdios de Rio do Sul. Sim, existem distorções no artigo principalmente quando se baseia em Frei Stanislau Schaette, talvez porque o Frei já fosse bastante idoso quando anotou os fatos dos quais se lembrava.  

Basílio Correia de Negreiros participou, sim, de uma das expedições do engenheiro Odebrecht, que o considerava um grande conhecedor de nossas matas, conforme registros no diário do mesmo. No livro “Cartas de Família – Ensaio Biográfico de Emil Odebrecht”, 2006, entramos em detalhes sobre essas expedições.

Neste ínterim aprofundamos nossa pesquisa sobre os três primeiros balseiros: Karl Schroeder, Vicente Leite e Basílio Correia de Negreiros e também sobre os primeiros moradores e outros assuntos. Pretendemos em breve publicar um livro com alguns capítulos da história de Rio do Sul.


Revista Blumenau em Cadernos – Tomo XXVII – Janeiro de 1986; Nº 1, págs. 19;20;2122;23.
Colaboração e arquivo: Sávio Abi-Zaid/Dalva e Adalberto Day

terça-feira, 16 de outubro de 2012

- A “Batalha do Iraque” na 2ª Guerra Mundial



Mais uma participação exclusiva e especial do renomado escritor e jornalista Carlos Braga Mueller, que hoje nos relata as missões e participação de guerra  do Sr. Martin Drewes 
Martin Drewes (Nascido em 20 de Outubro de 1918) em sua residência com um dos muitos cães de rua que adotou. Blumenau, SC, 2011 - foto Carlos Tonet. Oberstleutnant Martin Drewes, faleceu no dia 13 de outubro/2013 em Blumenau, Santa Catarina, de causas naturais aos 94 anos de idade, o ganhador das Folhas de Carvalho da Cruz do Cavaleiro, 
- Comandante em missões de guerra 
A Segunda Guerra Mundial é um dos temas mais explorados pelos historiadores,  pelo cinema, seriados de TV, e especialmente  por milhares de obras de ficção.
Existe, porém, um pequeno espaço de tempo dessa guerra, nada mais que um mês, que até hoje permanece praticamente desconhecido.
E mostra que muitas vezes a realidade supera a ficção.
Foi à missão da Luftwaffe (Força Aérea Alemã), que ficou conhecida como Comando Especial Junck, cumprida por alguns poucos pilotos alemães no Oriente Médio, mais especificamente nos territórios hoje ocupados pelo Iraque e pela Síria.

A LUTA DOS BEDUINOS PELA INDEPENDÊNCIA
Durante a Primeira Guerra Mundial, os britânicos haviam se apossado de grande parte do atual Iraque sob a justificativa de proteger os campos petrolíferos e as refinarias em solo iraniano,  marchando em direção ao norte e tomando Bagdá. Houve violenta reação dos turcos otomanos a esta "invasão", até que em 1918 britânicos e otomanos assinaram um armistício.

Mas os britânicos permaneceram na região. Logo em seguida tomaram posse de Mossul e passaram a exercer o controle de quase todo o Iraque, conhecido então como Mesopotâmia.
Britânicos e iraquianos se entenderam melhor ainda depois que as tropas inglesas, comandadas por  T.E. Lawrence, que ficou imortalizado como "Lawrence da Arábia",  ajudaram a expulsar a infantaria otomana dos territórios beduinos no movimento que ficou na história como a "Grande Revolta Árabe".

Esta integração continuou, inclusive quando em 1932, já reconhecido como Estado livre e independente, o Iraque foi admitido na Liga das Nações, atual ONU.

COMEÇA A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
1976. Bonn, Alemanha. Walter Scheel (ao centro), então Presidente da Alemanha, se reencontra com seu comandante em missões de guerra  Martin Drewes. Foto do arquivo pessoal de Drewes. (Livro  Sombras da Noite)

1939: é lançado por Hitler o estopim que resultaria na Segunda Guerra Mundial.
Ao sul do Iraque, Basra, principal porto do país, era um importante entreposto para o envio de armas e suprimentos dos britânicos e seus aliados para a União Soviética, e também para manter uma linha direta com a Índia, antiga possessão britânica.

Em virtude do Tratado de Aliança com a Grã Bretanha,  o Iraque havia rompido relações diplomáticas com a Alemanha em setembro de 1939, quando teve início o conflito. 
Por esse tratado,  nos primeiros meses da guerra, o Iraque apoiava os britânicos, posição garantida pelo seu primeiro ministro, General Nuri as-Said.
Tudo mudou quando uma revolta militar eclodiu internamente no Iraque no dia 30 de abril de 1941. Os insurgentes colocaram no poder Rashid Ali al-Gailani, um nacionalista radical, anti-britânico, simpático aos nazistas alemães. Os britânicos revidaram, e desembarcaram soldados em Basra, também conhecida como Bassora. Rashid Ali al-Gailani respondeu com suas tropas e teve início a curta e desgastante  guerra entre britânicos e iraquianos. Que durou pouco mais de um mês.

Com uma força aérea sucateada, o que restou ao iraquiano/germanófilo al-Gailani foi pedir socorro à Alemanha e Itália.
Hitler autorizou então que fosse  constituída a missão aérea que ficou conhecida como Comando Especial Junck (SonderKommando Junck), assim chamada porque tinha no comando o coronel alemão Werner Junck.   

AVIÕES DA ALEMANHA AJUDAM O IRAQUE
O que se seguiu é um  capítulo da segunda guerra mundial pouco conhecido, vivenciado por um piloto que integrou aquele comando e que hoje mora em Blumenau, Santa Catarina.
Aos 94 anos (estamos em outubro de 2012) , lúcido e  físicamente conservado, Martin Drewes publicou em 2002 sua autobiografia: "Sombras da Noite", na qual relata sua história de soldado do exército alemão, lotado na Divisão de Tanques,  depois piloto de caça noturno e finalmente de cidadão que adotou o Brasil como sua segunda pátria.
No seu livro, Drewes dedica um capítulo inteiro ao episódio que ele viveu no Iraque, uma quase desconhecida página da Segunda Guerra Mundial. 
Maio de 1941 foi o mês em que o piloto Martin Drewes vivenciou um verdadeiro inferno nos ares,  e nas areias do Iraque e da Síria.
Foi ali também que teve seu "batismo de fogo", derrubando  seu primeiro avião inimigo, um Gloster Gladiator, no combate em Al Faluja am Euphrat, Iraque.
Antes que a guerra terminasse, Martin Drewes ainda derrubaria, em várias ações, mais 51 aviões inimigos.
Motivo suficiente para que fosse um dos soldados mais condecorados por Hitler.

O COMANDO ESPECIAL JUNCK
Nos primeiros meses do ano de 1941 os britânicos lutavam praticamente sozinhos contra a Alemanha. 
Para movimentar tropas baseadas na Índia, era vital garantir  passagem livre pelo Iraque. Duas bases aéreas britânicas se situavam no Iraque e se constituíam em importantes elos de ligação entre a Índia e o norte da África, onde Rommel, a "Raposa do Deserto" conquistava importantes posições para os alemães. Eram as bases de Shaibah, perto de Basra, no Golfo Pérsico, e Habbaniya, 88 quilômetros a oeste de Bagdá.

Quando a revolta militar colocou no poder Rashid Ali al-Gailani, os britâncos sentiram de perto que estavam em desvantagem naquela região do Iraque, e para defender Shaibah e Habbaniya as forças da RAF possuiam poucos e obsoletos aviões. Resolveram então concentrar forças na base de Habbaniya, que em 1º de maio daquele ano foi cercada por milhares de iraquianos revoltosos, que apoiavam al-Gailani e queriam expulsar os britânicos do Iraque. Os aviões da RAF (a Real Força Aérea da Grã Bretanha) mantiveram uma defesa agressiva da base, impedindo que os iraquianos a tomassem, enquanto aguardavam reforços de tropas terrestres para levantar o cerco.
Walter Scheel tem novo encontro com Drewes. Viracopos, Brasil, 1982. Foto do arquivo pessoal de Drewes. (Livro Sombras da Noite)
Enquanto isso, o pedido de socorro dos insurgentes iraquianos havia encontrado eco no alto comando hitlerista e no dia 11 de maio de 1941 aviões alemães já estavam  voando em direção ao Iraque para socorrer os angustiados pedidos de ajuda dos iraquianos pró Alemanha.
A frota alemã do Comando Especial Junck era composta de 14 modelos Bf 110C e 7 bombardeiros
He 111H-6. Mais tarde outros 5 He 111 e 20 aviões de transporte Junkers JU 52 juntaram-se às operações no Iraque.
O esquadrão seguiu em direção a Grécia, onde em Atenas foram pintados com as insignias iraquianas. Sem nada saber sobre a missão secreta que deviam realizar, os soldados alemães, entre eles Martin Drewes, estranharam quando viram seus aviões pintados com o emblema real do Iraque. E mais ainda quando tiveram que envergar uniformes do exército iraquiano. Na missão, Martin Drewes pilotava um Bf 110C e as ordens eram expressas: ataques em voos rasantes para destruir o máximo de aviões britânicos baseados no aeroporto de Habbaniya.
Os alemães sediaram suas operações a partir dos aeroportos de Mosul e de Kirkuk, importante centro petrolífero do Iraque.
Sem um efetivo conhecimento aéreo da região os pilotos não sabiam quando,  de onde ou como o inimigo poderia aparecer com sua força aérea de combate para contra atacar.
A disponibilidade de combustível e de munição era sempre baixa, chegando a atingir níveis alarmantes, como conta Drewes nas suas memórias.
Mesmo assim, com um número reduzido de aviões, os pilotos alemães continuavam a atacar. O inimigo defendia-se bem, os motores se desgastavam pelo calor e pelas tempestades de areia. O  bombardeio dos britânicos que os alemães enfrentavam causaram sérias consequências. Os aviões colocados fora de combate esforçavam-se para fazer os pousos de emergência próximo às suas bases porque a sucata forneceria peças de reposição para os aviões que ainda estavam em condições de voo. 
A esperança era que reforços chegassem por terra, mas estes nunca chegaram.
Drewes, ao atacar um avião inimigo pousado no deserto, após destruí-lo,  foi atingido pela artilharia britânica.
Um dos motores pegou fogo; ele conseguiu apagar as chamas  desligando o fluxo do combustível,  mas teve que fazer uma aterrissagem de barriga nas areias do deserto. Drewes e seu companheiro de voo vagaram pela areia muito tempo até que fossem localizados e salvos pelo resgate !
Martin Drewes, Alemanha,  setembro 1939. Foto do arquivo de Drewes (Livro Sombras da Noite)
Quando os aviões começaram a ficar em número reduzido, a nova missão: de Kirkuk a Rodos, na Grécia, a fim de receber poucos mas novos aviões Me-110.
Estes foram recebidos também pintados com o emblema real do Iraque.
De novo no Iraque, retornaram às operações de guerra, mas a esta altura as forças britânicas, já melhor estruturadas, inflingiam constantes derrotas ao insurgentes iraquianos, forçando o líder iraquiano Rashid Ali al-Gailani a fugir do país no dia 30 de maio de 1941. A facção pró-britânicos reassumiu o poder.
No dia 6 de junho de 1941 veio a ordem do Fuehrer para os pilotos que estavam no Iraque: voltar para Rodos, Atenas, já envergando seus uniformes alemães, para assumir novas missões de guerra.
Terminava assim um episódio insólito da Segunda Guerra Mundial, a "Batalha do Iraque", que teve em Martin Drewes um participante destemido, o único que ainda vive para contar a história. E mora em Blumenau! 
Enviado por Werner Tonjes

Veja vídeo:
Arquivo Carlos Braga Mueller e Carlos Tonet. 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

- Mirelo: O Picolezeiro

Wilson Seiler
     O Picolezeiro mais famoso em todo o Grande Garcia - Reino do Garcia.
Fotos batidas por Adalberto Day, em frente ao então portão de nossa casa na rua Júlio Heiden,228.  Bairro Progresso em Blumenau.
Foto: 10/04/2021 PMB - Face Djalma Fontanella da Silva
Em histórias de nosso cotidiano apresentamos Wilson Seiler, conhecido por toda comunidade do Grande Garcia.
Desde os idos anos de 1965, conheci meu personagem folclórico, cultural, e estimado entre os alunos e comunidade. Estou me referindo ao Wilson Seiler – conhecido por todos como “Mirelo” (Ele me disse que não gosta que o chamem por apelido).
Eu em particular sempre o chamo pelo nome de nascimento.
Familia Seiler, que sempre morou na Rua Emilio Tallmann, filhos sempre ordeiros e trabalhadores, passando pela Empresa Industrial Garcia e Artex-Coteminas. Tios e primos de  WilsonMirelosenhor Artur e Osmar (Boião) Seiler, além de trabalharem na Empresa Garcia, também participaram de grandes esquadrões do time Amazonas Esporte Clube.
Pague Pesque Knoch
Aluna nota "10" Gicelle dos Santos
O que me motivou a escrever sobre Wilson Seiler, foi depois do dia 21 de abril de 2012, onde ex-alunos do E.E.B.M. Pedro II, Canto do Rio – Progresso, realizaram um encontro dos formandos da 8ª Série – 1996, no Pague pesque Knoch e convidaram alguns professores, inclusive eu e com muito orgulho pude comparecer e receber depois de tantos anos o mesmo carinho, da época. E para este encontro também foi convidado o nosso folclórico “Mirelo” Wilson Seiler, demonstrando o carinho que a ele devotam os alunos.
Wilson, ex aluno O. Molmesltet 486,Prof. Nelson, Prof. Beto Day
Nascido em Blumenau no dia 21 de março de 1957, Wilson SeilerMirelo”, estudou no Grupo Escolar São José atual E.E.B Governador Celso Ramos na Rua da Glória. Filho de Rolf e Carmem Seiler, família tradicional do bairro.  Concluindo o primário, “Mirelo” passou a trabalhar vendendo picolé.
Mirelo faleceu tragicamente em um acidente na Rua Amazonas no dia 28 de outubro de 2017 aos 60 anos. 

 óia o picolé!!!  Óia o picolé!!! E assim nosso personagem chamava a atenção de todos, que de longe já ouviam e faziam a alegria da gurizada. Circulava principalmente pelas Ruas Emilio Tallmann, Antonio Zendron , Amazonas, da Glória, Progresso, Júlio Heiden, Rui Barbosa e quase todas as transversais.
Óia o picolé!!!, e assim seguia seu caminho com passos firmes e longos para atender toda comunidade. Wilson é torcedor do Fluminense.
Também era aquela época boa de jogar em campinhos de futebol como este, e outros como 12 (Morro), tantos que existiam nos anos de 1960/70.
Não veremos por muito mais tempo o nosso Picolezeiro, pois já está em fase de aposentadoria através do INSS. 
Deixem seu comentário como registro dessa historieta.
A ponte que recebeu o nome de Mirelo - próximo da COOPER na Rua Amazonas com acesso a Rua Hermann Huscher e vice-versa. Inaugurada em 10 de abril de 2021 - Foto divulgação. #PMB
Arquivo de Dalva e Adalberto Day

terça-feira, 2 de outubro de 2012

- 29ª Oktoberfest em Blumenau

 O cartaz oficial da 29ª Oktoberfest
Rainha da 29ª Oktoberfest de Blumenau de 2012.  FERNANDA KLAUMANN BARBOSA (centro foto)  1ª Princesa eleita foi Mariane Klann (lado esquerdo)  e a 2ª Princesa foi Danieli Sutil Muniz (lado direito)
 * Foto Jaime Batista da Silva
 - Este ano o evento será realizado de 10 a 28  de  /outubro/2012.
Uma excelente festa aos nossos visitantes de todo o Brasil e do exterior, em especial ao povo catarinense. Viva a Vida!!!.
Hallo Blumenau .....Bom dia Brasil....17 dias de folia.... música cerveja e alegria.... Hallo Blumenau.... 
- Quer ouvir a música? Clique no link abaixo:
  
Ein Prosit !!! 
 - No Brasil, a Oktoberfest foi realizada pela primeira vez em 1978 no município de Itapiranga , extremo-oeste catarinense. Na ocasião, um grupo de jovens, na maioria descendentes de alemães, reuniu-se na localidade de Linha Becker para cantar, tomar chope e tocar música. Esses encontros foram tornando-se freqüentes até que em 1989 a festa passou a ser realizada no centro da cidade.
Inspirada na Oktoberfest de Munique, a sua versão blumenauense nasceu da vontade do povo em expressar seu amor pela vida e pelas tradições germânicas.
 Observação de um comentários anônimo:
 “..., a primeira Oktoberfest no Brasil realizou-se em Santa Cruz do Sul- RS, remontando a comemoração ao ano de 1966, quando de 15 de outubro a 6 de novembro foi realizada a primeira edição.
Registros do ano 1998 - OKTOBERFEST e FESTIVAL DO CHOPE. Certa questão tem sido repetida várias vezes em comentários através da imprensa local, é a relativa à “Paternidade da Ideia da Implantação da Primeira Oktoberfest em Blumenau”. Há quem atribua a idealização ao Secretário de Turismo de então - Antônio Pedro Nunes, já outros apontam Hans Schadrack, então empresário da “Loja Moellmann”. Necessário “se faz repor a verdade histórica, pois a “paternidade” do ideário do Festival do Chope em Blumenau”, é exclusivo dos empresários da “Ouro Promoções ”, ou seja os Srs. Laércio Cunha e Silva e seu associado Geovah Amarante. A empresa “Ouro Promoções” realizou no “Pavilhão A” da Proeb - seis ( 06) “Festivais do Chope” – entenda-se em seis exercícios - com desfiles, trajes típicos- chapeuzinhos à “Tirol”, iguarias e especialidades em pratos típicos alemães, ( Que então eram uma delícia- e já agora - estamos em 1998 - deixam muito a desejar) múltiplos conjuntos de música germânica, inclusive bandeirolas, danças com um tablado central elevado e os “canecos decorativos” ( Fabricados pela “Ceramarte”) , Chope de baixa e alta fermentação saído de mangueirões à guisa de mangueiras para abastecimento de gasolina, e tudo mais, nos anos de 1966, 1967, 1968, 1969, 1970 e 1971. A única diferença coube ao mês da realização, quando geralmente acontecia durante o verão.. Os eventos perduravam durante uma semana, e eram realmente animados com enorme afluxo de visitantes. Portanto a propalada “paternidade da ideia”, cabe unicamente ao empresário “ Laércio Cunha e Silva ” de Itajaí, que promoveu os festivais associado a Geovah Amarante. Tudo quanto puseram em prática treze anos após, nada mais foi que uma repetição ( mera cópia) - com duas diferenças, o nome “Oktoberfest” e o “mês” da realização. Reinventaram o que já fora descoberto, aliás se para si avocam a concepção do evento, nada mais cometem que um cristalino plágio.!
- Em Blumenau, a Oktoberfest surgiu no ano de 1984 com a proposta de levantar o ânimo da população, abalada por duas grandes enchentes do rio Itajaí-Açu (1983/ 1984). A partir de 1987 a festa consolidou-se nacionalmente, e ganhando status de segunda maior festa da cerveja do mundo, depois de Munique, na Alemanha. Atualmente a festa é realizada no PARQUE VILA GERMÂNICA.
A imagem batida por Caio Santos   mostra desfile  de Ingo Penz e Horácio Braun da primeira  Oktoberfest ano de 1984 , primeiro patrocinador e a primeira Bicicleta da Cerveja.
Acervo: Ingo Penz

Observação: criação da Oktoberfest em Blumenau .
Apesar da "Oktoberfest" já estar sendo planejada antes pelo governo do prefeito Renato de Melo Vianna em 1981, somente no governo do então Prefeito Dalto dos Reis (1983/1988) se consolidou. Na oportunidade foi passado para a população que era uma proposta de levantar o ânimo dos munícipes "festa caseira" , abalada por duas grandes enchentes do rio Itajaí-Açu (1983/ 1984). Para a história , cultura, folclore , tradição, sempre será este o motivo principal e motivador  da festa.
O secretário de turismo,  era o empresário Antonio Pedro Nunes,
 Consagrada como a segunda maior festa alemã do mundo, a Oktoberfest é confraternização de gente de todas as partes. E ela nasceu inspirada na maior festa da cerveja do mundo, a Oktoberfest de Munique, Alemanha, que deu seus primeiros passos em 1810, no casamento do Rei Luis I da Baviera com a Princesa Tereza da Saxônia.
São 17 dias de festa, em que os blumenauenses se integram com visitantes de todo o Brasil e do exterior. E não há quem não se encante com os desfiles, com a participação dos clubes de caça e tiro ou com a apresentação dos grupos folclóricos. A Oktoberfest de Blumenau ostenta um número admirável: em suas edições anteriores, reuniu quase 20 milhões de pessoas no Parque Vila Germânica, antiga Proeb. Isto significa que um público superior a 700 mil pessoas, em média, por ano, participou da festa desde a sua criação.
O segredo para este sucesso é simples: a Oktoberfest de Blumenau é um produto que se mantém autêntico, preservando as tradições alemãs trazidas pelos colonizadores desde 1850. E são as belezas desses traços que conquistaram o país inteiro. À noite, é na Proeb/Parque Vila Germânica que todos se encontram e fazem da Oktoberfest um acontecimento incomparável.
Todas as tradições alemãs afloram na sua máxima expressão, através da música, da dança, dos belos trajes, da refinada culinária típica e do saboroso chope.
A cordialidade do povo, a paz e a beleza da cidade também tornam a festa inesquecível. A maior festa alemã das Américas A Oktoberfest teve sua primeira edição em 1984 e logo demonstrou que seria um evento para entrar na história. Em apenas 10 dias de festa, 102 mil pessoas foram ao, então, Pavilhão A da Proeb, número que na ocasião representava mais da metade da população da cidade. O consumo de chope foi de quase um litro por pessoa. No ano seguinte, a festa despertou o interesse de comunidades vizinhas e de outras cidades do país. O evento passou, então, a ser realizado em dois pavilhões. O sucesso da Oktoberfest consolidou-se na terceira edição e tornou-se necessário a construção de mais um pavilhão e a utilização do ginásio de esportes Sebastião da Cruz - o Galegão - para abrigar os turistas vindos de várias partes do Brasil, principalmente da região Sudeste, e também de países vizinhos. O evento acabou fazendo de Blumenau o principal destino turístico de Santa Catarina no mês de outubro. Mas, para quem não sabe, a Oktoberfest não é só cerveja. É folclore, é memória, é tradição. 
Durante 17 dias de festa os blumenauenses mostram para todo o Brasil a sua riqueza cultural, revelada pelo amor à música, à dança e à gastronomia típicas, que preservam os costumes dos antepassados vindos da Alemanha para formar colônias na região Sul. A cultura germânica o turista confere pela qualidade da festa, dos serviços oferecidos, através de sociedades esportivas, recreativas e culturais, dos clubes de caça e tiro e dos grupos de danças folclóricas. Todos eles dão um colorido especial ao evento, nas apresentações, nos desfiles pelo centro da cidade e nos pavilhões da festa, por onde circulam, animando os turistas e ostentando, orgulhosos, os seus trajes típicos.
É por essa característica que a festa blumenauense, versão consagrada da Oktoberfest de Munique, transformou-se, a partir de 1988, numa promoção que reúne mais de 500 mil pessoas. E foi, também, a partir dela que outras festas surgiram em Santa Catarina, tendo a promoção de Blumenau como carro-chefe, fato que acabou por tornar o território catarinense no caminho preferido dos turistas no mês de outubro.
  
História:
 A história começou há quase 200 anos na Baviera
A Oktoberfest de Blumenau, que em apenas uma década se tornou uma das festas mais populares do Brasil, foi inspirada na festa homônima alemã, que teve origem há 199 anos em Munique. Tudo começou em 12 de outubro de 1810, quando o Rei Luis I, mais tarde Rei da Baviera, casou-se com a Princesa Tereza da Saxônia e para festejar o enlace organizou uma corrida de cavalos. O sucesso foi tanto, que a festa passou a ser realizada todos os anos com a participação do povo da região. Em homenagem à princesa, o local foi batizado com o nome de Gramado de Tereza.
A festa ganhou uma nova dimensão em 1840, quando chegou a Munique o primeiro trem transportando visitantes para o evento. Passaram a serem montadas barracas e promovidas várias atrações. Neste local apareceram também os primeiros fotógrafos alemães, que ali encontraram um excelente ambiente para fazerem suas exposições. A cerveja, proibida desde os primeiros anos, só começaria a ser servida em 1918. Logo depois, os caricaturistas já retratavam a luta pelos copos cheios de cerveja e pela primeira vez pode-se apreciar nas telas dos cinemas a festa das mil atrações.
Por conseqüência das guerras e pela epidemia de cólera, a Oktoberfest deixou de realizar-se 25 vezes. De 1945 até hoje, aconteceu ininterruptamente. Atualmente, a Oktoberfest de Munique recebe anualmente um público de quase 10 milhões de pessoas. O consumo de cerveja chega a sete milhões de litros.

Acesse:
Arquivo /Adalberto Day/José Geraldo Reis Pfau

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