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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

- Hotel Elite e Holetz

Em histórias de nosso cotidiano, fizemos um relato da escrita de folders de dois hotéis famosos no início dos anos 1900 em Blumenau. Enviado por José Geraldo Reis Pfau e Interpretação ou explicação da Senhora Ellen Ern esposa do dono da churrascaria Adolfo ERN - Ela Breitkopf de nascimento.
A função das empresas e de certos segmentos como hotelaria sofrem mudanças curiosas ao longo da história. A vida no hotel hoje está principalmente marcada pela característica de ser um padrão, ter determinados itens fundamentais e pouca ou quase nenhuma identidade com a comunidade. São confortáveis locais para dormir, ficam as outras funções como reuniões e demais necessidades para outros equipamentos existentes na cidade. No inicio do século passado Blumenau tinha bons e tradicionais hotéis, pois na região e no Estado de Santa Catarina a nossa cidade era referencia e principalmente pelo aspecto como centro comercial.
O Hotel Elite localizado na Rua XV próximo ao Teatro Carlos Gomes anunciava em suas publicações as suas “modernas instalações”. Como argumentos de venda, em anúncios publicados na língua alemã, prometia ser “o café mais moderno da cidade”, de ter “salão de festas (para bailes), uma “confeitaria própria” e uma “sorveteria própria”. Oferecia as “melhores bebidas nacionais e estrangeiras”, que sua edificação tinha “piso colonial”, oferecia “dupla cancha de bolão”, “salas íntimas”, “salas para reuniões”, “sala de conferencias” e ainda ser um “local especial para família ver a vista do Rio Itajaí”.
O que demonstra que o empreendimento além de atender viajantes servia como área de lazer e eventos para os blumenauenses. Mas o proprietário Walter Voss no rodapé do anuncio prometia “Hotel - hospedes – 28 elegantes quartos com água corrente e todo conforto”. Atendia pelo fone de nº 66.
Já no telefone nº 65 era o Hotel Holetz que atendia e se localizava na esquina da Rua XV com Alameda Rio Branco. O proprietário R. Siebert, que assinava o anuncio também em alemão, usava de argumento “quartos limpos e ventilados”, o que deveria ser uma obrigação era um diferencial, certamente pelas modestas condições dos demais. Tinha no Hotel auto garagem à disposição e o privilégio de estar “localizado no centro da cidade”. Oferecia “cozinha de primeira classe”, colocava a disposição “sala para mostruário a disposição dos senhores viajantes”. Nota-se também a preocupação com a comunidade local, além da importante sala de mostruários.
 O representante comercial e viajante monta seu showroom no hotel, com a exposição de amostras dos produtos e convidando tradicionais empresários, compradores, comerciantes e industriais para conhecer as novidades de suas representadas e efetuar pedidos. A precariedade das estradas, das empresas, as distancia eram facilitadas e o conforto proporcionado pelo verdadeiro show room montado no hotel para atender clientes. Se quisermos podemos colocar esta oportunidade como semelhante uma feira, ou um evento de lançamento que tradicionalmente acontece em grandes centros e também aqui em Blumenau.

Texto enviado por José Geraldo Reis Pfau- publicitário/ Interpretação ou explicação da Senhora Ellen Ern esposa do dono da churrascaria Adolfo ERN - Ela Breitkopf de nascimento.

Arquivo José Geraldo Reis Pfau/Adalberto Day

13 comentários:

  1. Desde os idos anos de 1958,59...minhas lembranças afloram ao primeiro contato que tínhamos quando criança ao visualizar o Majestoso Hotel Holetz. Vinha até o centro oriundo do Garcia de ônibus com minha mãe e descíamos em frente à antiga prefeitura hoje Fundação Cultural, também uma majestosa edificação.
    Caminhávamos mais um pouco e ao chegar à ponte Dr. Pedro da Silva, na foz do Ribeirão Garcia, podíamos visualizar o Majestoso Hotel Holetz, uma edificação arquitetônica espetacular, que hoje se ainda existisse, fosse preservada, seria tão fotografada ou mais que o atual Castelo da Havan. Este local era o ponto principal e estratégico de um cartão postal da cidade.
    Mas a conscientização de preservação talvez na época ainda não era maior que o progresso (que não somos contra) e a anciã de novos horizontes para a cidade.
    - Então em maio de 1959, começa a demolição do tão famoso Hotel Holetz, e parte de seus tijolos são levados ao 23 RI (23BI) pra ampliação de seu prédio. As obras do novo prédio – “O Grande Hotel” ainda hoje ali existente, começa sua construção, e inaugurado em dezembro de 1962, trouxe aos blumenauenses e região novos horizontes de um progresso eminente.
    Quanto ao Hotel Elite, pouco me lembro, mas era outra bela edificação de nossa cidade. Sobre ele o nosso amigo Niels, e Wieland, poderiam tecer melhor comentários sobre o mesmo.
    Agradeço ao José Geraldo Reis Pfau, por mais esta grande contribuição ao nosso trabalho.
    Adalberto Day Cientista social e pesquisador da história em Blumenau

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  2. O Hotel Elite seria hoje um Hotel cinco estrelas pois era sofisticado para a época.O Salão central onde inclusive se dançava era muito charmoso.Lembro-me da visita do Preidente Getulio Vargas,onde se hospedou.

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  3. Assim quanto ao topico do HOTEL ELITE eu tenho duas informações adicionais: 1 – somente a parte frontal da construção do hotel era de alvenaria, com duas colunas ( seriam de inspiração grega ?) na entrada. Todo o restante, todos os quartos eram de madeira, cujo piso estalava quando lá entrei certa vez a noite. 2 – em 1942, quando eu diariamente passava na frente do hotel para estudar no Grupo Escolar Luiz Delfino, via estacionado defronte do Hotel o magnifico carro Lincoln, preto, de fabricação norte americana, de propriedade do SR. Voss, com pneu sobressalente exposto na vertical, na parte trazeira, apos o porta malas. A cobertura do pneu fazia parte da carroceria do magestoso veiculo.
    HOTEL HOLETZ – na parte voltada para a Alameda Rio Branco, no porão, ficava a churrascaria do Sr Schoenau. Era muito frequentado pelos motoristas de taxi, de praça como se dizia, que estacionavam defronte. Aos domingos a noite era o reduto de um grande numero de torcedores do Blumenauense , hoje Olimpico, que festejavamm a eventual vitoria com seu arqui rival Brasil ou la mesmo curtiam as magoas em caso contrario.
    EIG – meu tio Otto Wehmuth, apelido Sina, jogou futebol no Amazonas por longos anos e era conhecido como jogador pesado, Trabalhava na Empresa Industrial Garcia e seu ultimo posto era na loja ou no armazem dos funcionarios, que ficava junto do rio e pouco antes do campo de futebol. Nas celebres Festas Juninas do Amazonas, as quais ninguem da familia podia faltar, ele sempre era o encarregado da barraca do Quentão.
    ARTEX – Otto Huber, austriaco, tio de minha mãe, casado com Else Wehmuth, foi fundador na qualidade de Diretor Tecnico e residia no morro defronte da Artex. Seu cunhado Max Rudolf Wuensch, alemão de Dresden, era casado com Wally Wehmuth.
    CHURRASCARIA DO SR. ERN- não era a Churrascaria Palmital, em cujas mesas boa parte da historia de Blumenau foi escrita. Não tenho dados mas vale a pena investigar.
    Como muitas pessoas conhecem cada qual uma pequena parte de cada topico, seria o caso de aglutinar estas informações para depois reescrever o memo. Seria uma maneira de montar um pouco mais da Historia, segundo meu modesto parecer.
    Parabens pelo seu valioso trabalho.
    Nelson V. Pamplona

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  4. Parabens Zé Pfau, mais uma bela bolha de ar colorida (sabão) para esplodir e esplodiu bonito, parabens pela bela reportagem e a entrevista con a senhora Hellen ern, enão esplorar mais a respeito da Churrascaria Palmital,que conforme o sr. pamplona não era este o seu nome ? Vamos esplorar senhores este é um serviço para o Champolim ou seu Adalberto ~Day, senhores o que descobrimos do Hotel Elite foi estraodinario, para nos os mais jovens cabe tambem a mim,o modernismo ja era visto auqela época e não fazia falta a Hoktobertfest, por isto agradeço saber ler, embora não sei escrever correto,mas sou feliz por comhecer este pequeno e grande Zé Pfau. Abraços Valdir Salvador

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  5. É amigo Beto. Isso só traz saudades Naquele 3º andar do H.Holetz eu estive hospedado em 1944. Em 1948, casei com a filha do gerente do mesmo. Um grande abraço ao amigo.
    Eutraclínio A. Santos

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  6. Zé Pfau diz - Sensacional.
    Gostei de mais, do comentário do Sr. Pamplona quando se refere que cada um conhece um pouco da nossa história. Podemos e devemos fazer esta "colcha de retalhos" - bons retalhos por sinal. Adiciono que é importante que todos façam seus comentários pois o dia a dia vai nos tirando cada vez mais a fonte destes conhecimentos com toda especie de problemas com os quais estamos sujeitos. Parabéns a todos e em especial ao amigo Beto.

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  7. Parabéns sr. Adalberto Day
    Sua matéria sobre os antigos heteis de Blumenau é sensacional, pelo menos eu nem sabia que já existiu um hotel chamado Elite. Gostei.

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  8. Não sou de Blumenau. Tenho uma referência ao Hotel Elite em um diário feito pelo meu avô e gostaria de poder detalhar mais sobre ele. Até que ano funcionou e o que existe hoje lá?

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  9. Edmundo Edi Referindo se em banda de música, tive a oportunidade de falar com o ex músico dos Montanari que me explicou a decadência de qualidade da banda pela introdução do teclado que imita os instrumentos musicais que se usavam numa orquestra.

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  10. Catarina Tecla Mistura Muito interessante a história, obrigada Adalberto pelo relato de fatos que aconteceu no passado de nossa Blumenau!

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  11. Meu avô paterno, Alberto Dietrichkeit, foi gerente do Hotel Elite até o fechamento do mesmo. Minha avó, Clara Ina Weidlich Dietrichkeit, escolhia as moças que trabalharam na cozinha do Hotel, convidando-as para tomar um café à mesa com ela. Observando o comportamento e as atitudes da candidata ao trabalho é que minha avó contratava ou não.

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  12. Enviado por Eileen Valery Dietrichkeit

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